Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 18 de novembro de 2018

Bolsonaro, o breve


Emílio Odebrecht previu: "o general Hamilton Mourão se tornará presidente da República em menos de dois anos".

Sem bola de cristal, mas com larga convivência nos labirintos dos palácios governamentais certamente o velho empreiteiro sabe de algo que nós, simples mortais, ignoramos solenemente.

Cenário. Um capitão constitucionalmente em posição hierárquica superior aos generais que o expulsaram do Exército, depois o reintegraram, promoveram e reformaram atendendo conveniências políticas de ocasião; um atentado mal explicado em que o autor do delito é guardado, preservado em sua incolumidade pessoal; um derrame de dinheiro ilegal na eleição, capaz de influenciar no resultado e tudo devidamente sob exame leniente da justiça eleitoral.

Fora isso, uma pauta continuista do golpismo temerário que fez Michel virar o presidente mais impopular do país em menos de dois anos, e fará o eleito ao tomar posse no dia primeiro de janeiro próximo ir no mesmo rumo, agora com o agravante de ter sido escolha pelo voto universal, ainda que em um processo marcado pelo estelionato eleitoral.

Então, como evitar que os efeitos dessa tragédia anunciada traga uma situação de luta mais radical pelo restabelecimento da democracia plena no país?

Talvez, seja isso. A figura de um general durão em lugar de um capitão contaminado pela política seja a saída que a elite encontre pra preservar o poder conquistado nas urnas em outubro último, exorcizando o fantasma do episódio collorido.

Pelo menos, enquanto não for dada em público uma explicação pelo dublê de vidente e empreiteiro, temos o direito de especular o que ora nos atormenta e atormentará muito mais a partir de primeiro de janeiro e dias seguidos, até o desfecho ainda mais trágico vaticinado pelo velho Emílio.

Nenhum comentário: