Usar duas páginas do jornal da família pra desancar um adversário que tem 1/3 das intenções de votos depositados em seu nome é inequívoco sintoma de insegurança.
Aponta que o Porto Futuro não é garantia de voto no presente, muito menos foi superado o trauma de 2014, quando esteve a oito mil votos de ser feliz, no primeiro turno, seguindo-se da tragédia ocorrida no segundo.
Talvez a avaliação do cientista político Dornélio Silva, afiançando que haverá segundo turno nas eleições pro governo do Pará, tenha causado algum incômodo capaz de passar um filme na cabeça do candidato, o que explicaria a carga pesada de hoje contra o adversário.
Todavia, é indiscutível que a sentença do titular do Doxa Instituto pode ser relativizada pelo seu caráter futurólogo e imperativo, nas páginas de A Província do Pará, algo que comprometeu até a reputação da finada Mãe Dinah pelo enorme número de erros cometidos.
Além disso, o veículo não é atualmente um jornal, mas um panfleto de campanha nas mãos daquele símile degradado do mascate midiático Silvio Santos, o que dá bem a ideia da suspeição que o acompanha.
Fato é que, de tanto manipularem pesquisas, travestirem campanha em fato político e ver dançar acólitos que pulam de um barco para outro, sempre visando estar do lado vencedor, fazer projeções tornou-se um exercício meramente premonitório, que acabou tragando a ciência que deveria acompanhar as avaliações do Dornélio.
Melhor fazer campanha contra o golpismo que por aqui briga pelo domínio político, enquanto nacionalmente navega nas águas turvas, dentro do barco que colocou o timão nas mãos de um larápio que rouba dos pobres para aquinhoar os ricos, sendo essa realidade inocultável, insofismável e indesmentível.
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