Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Delenda est Belém



Recomendo pra quem não leu a leitura hoje da coluna 'Feira do Som', do jornalista Edgar Augusto, publicado no Diário do Pará. em especial o artigo 'Os pontos turísticos da terra do "já teve", um breve e pungente retrato do abandono legado a Belém pela atual gestão.

Edgar deve regular a minha idade, tenho 67 anos, por isso é testemunha dos muitos casos que cita como exemplos desse desamor oficial, que não só exigirá muito dinheiro em futura restauração, mas, principalmente, causará a destruição lenta, gradual e perversa de seu patrimônio arquitetônico construído durante o período em que Belém era uma das três capitais mais importantes do país.

Esse crônico descaso causa a impressão que o prefeito deve achar um estorvo o custo da manutenção da cidade, atrapalhando o uso do dinheiro público para outras finalidades que fatalmente rendem dividendos políticos, daí o descaso como norma de (má)conduta.

O artigo cita o Mercado de São Brás, atualmente o maior símbolo dessa incúria, tocando no aspecto econômico de sua criação, estação da Estrada de Ferro que ligava Belém à Região Nordeste do Estado, marcante no desenvolvimento regional.

Pois bem, digo eu, esse caminho de ferro também foi mandado arrancar pelos milicos que tomaram o poder à força em 1964 e, para atender os interesses da indústria automobilística que financiou a deposição do presidente legítimo, destruiu-se o modal ferroviário de transporte para dar vez ao rodoviário cujo custo até hoje atazana as contas do governo brasileiro, inclusive o daqui.

Claro que não se está cobrando de Zenaldo a construção de uma nova estrada de ferro. Todavia, o atual alcaide poderia ser menos reverente com a ditadura militar/empresarial que o alçou à política e preservar aquele rico patrimônio histórico, mesmo que isto retrate a boçalidade de seus mentores.

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