Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Comeu cocô e foi à tevê




Assim como deixamos de ser donos das palavras a partir de quando as pronunciamos, nossa merda não mais nos pertence assim que sai de nós.

No entanto, em um caso e outro, temos total responsabilidade com seus respectivos destinos na medida em que, no caso das palavras, o artesanato verbal primoroso gera o bom debate; e no caso da 'obra' damos exemplo de higiene ao dar-lhe o destino certo.

Ao negligenciar esses cuidados, a socióloga Maria Lucia Victor Barbosa, autora confessa do fake news que gerou a crença na existência da URSAL(União das Repúblicas Socialistas da América do Sul), assume publicamente algo mais grave do que a sigla inventada: que inverteu deliberadamente funções anatômicas próprias de sua condição humana, abrindo mão da produção do bom debate, agravada pelo fato que atirou na cara de um determinado público aquilo que deveria ter dado descarga imediatamente após a produção.

Resultado: muitos desses incautos brincam até hoje distraídos com as fezes da doutora, na crença que estão verbalizando saído pelo canal errado e mal dirigido no espaço.

Como o Brasil possui um dos piores sistemas de saneamento básico do planeta, a brincadeira reacionária da citada socióloga, difundida por um astrólogo peidado(xiii) que se auto investiu da condição de filósofo e ganhou notoriedade fazendo o mesmo que a vetusta senhora, o produto dessa troca ainda estará a pairar no ar por muito tempo até que o anedotário o recolha ao depósito certo.

Mas, até lá, milhares dessas vítimas da confusão estarão marcados definitivamente pela tragicomédia gerada. Seja roupa de civil ou farda, certo é que carregarão para seus túmulos o mau odor e os respingos daquilo que achavam ser utilidade pública. E era apenas MERDA.

Nenhum comentário: