No mesmo dia em que o 27º policial militar morria, só este ano, parte da tropa cumpria uma ordem espúria de um governante desacreditado e reprimia à base de gás de pimenta um movimento pacífico de professores da rede pública estadual.
Lamentavelmente, essa falta de noção a respeito da necessidade da solidariedade entre os iguais nos leva a conviver com aberrações dessa natureza, em que servidores públicos vilipendiados usam da truculência pra reprimir um outro segmento de servidores sob o mesmo sufoco.
No ponto em que chegamos, a mera alegação do cumprimento de ordens superiores não se sustenta para a adoção de certas medidas, pois é flagrante a falta de legitimidade dos mandantes na exigência de certas ações quando todos aqueles subalternizados encontram-se em deplorável situação funcional.
Nesse sentido, já está na hora de todos os segmentos de servidores públicos estaduais reunirem-se e fazer um levantamento da situação achincalhante a que chegaram, fruto do descompromisso de um governante irresponsável, debochado e incompetente, que elevou à profundidade abissal o fosso que separa os do andar de baixo daqueles que fazem parte do séquito governamental.
Diante disso, toda ordem de natureza repressiva deve ser castigada para o bem da maioria e felicidade geral da maioria dos servidores e da população. Afinal, mesmo moribundo, esse desgoverno precisa levar uma lição de cidadania e decência.
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