Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

O nostálgico



Certa vez, o pupilo de Golbery do Couto e Silva, Elio Gaspari, escreveu uma artigo falando da vantagem que seria a eleição de um presidente de idade mais avançada, pois sua experiência era meio caminho andado pro êxito de sua administração.

Essa defesa enviesada da gerontocracia nada mais era do que a apologia do candidato de Gaspari, José Serra, o mais velho na disputa presidencial de 2010. Lembrando que o povo sabiamente ignorou a sugestão do jornalista cheio de pendores autoritários.

Hoje, Elio volta à nostalgia citando e omitindo fatos a fim de induzir à aceitação de seus sofismas como panaceias políticas que resolveriam nossos problemas institucionais a partir de medidas autoritárias que nada tem a ver com o jogo democrático.

Seu farol é um artigo do malsinado juiz Sérgio Moro, que outrora vislumbrou a semelhança entre sua malafamada Lava Jato e a Mãos Limpas na Itália, ressaltando como virtude de ambas as manobras sob inspiração do FBI, que resultaram na destruição do sistema partidário italiano.

Gaspari, convenientemente, silencia o que veio depois da "destruição". Um gangster que governou a Itália como se fosse Pompéia em seus últimos dias, destruindo não só politicamente aquele país, mas economicamente o fez voltar aos tempos sombrios do imediato pós II Guerra Mundial.

De resto, soa patético que um jornalista experiente solte fogos para a aventura autoritária de um togado de primeira instância, que se arvora a usurpar as prerrogativas do Poder Legislativo e determinar como deveria ser o sistema partidário do Brasil.

Agora que o MDB foi refundado(?), Gaspari parece sonhar com a volta do bipartidarismo, o ressurgimento  de uma ARENA forte, capaz de defender essas aventuras autoritárias da toga, como seu trágico símile parido em 1965 defendia o mandonismo emanado da caserna. De preferência, com os partidos defensores de "ideologias exóticas" colocados na clandestinidade.

Certamente, tanto na administração pública quanto no jornalismo ou qualquer outra atividade humana a idade nem sempre é boa conselheira. Com efeito, há coisas que o tempo não consegue ensinar porque a resistência ao novo é como uma bússola que aponta pro passado e faz virar as costas ao futuro, este visto como mera sucessão de fatos sem significado relevante. Não dá!

2 comentários:

Maria disse...

Um cavalheiro não muito sábio, mas bastante sabido, sabe como manter seu emprego e seu salário

Na Ilharga disse...

Ahahahah essa foi boa...