A informalidade no mercado de trabalho baixou ao menor nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), à exceção do período inicial da pandemia, em 2020, quando as demissões em massa atingiram em cheio os trabalhadores sem carteira assinada. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestam os acertos da política econômica do governo Lula, voltada à ampliação dos empregos, da renda e da confiança dos investidores.
A proporção de informais no país caiu abaixo de 38% no primeiro trimestre de 2025. Em março, confirma a Pnad, o mercado de trabalho experimentou o quinto mês seguido de queda da informalidade. A população celetista, por outro lado, cresceu pelo 16º mês consecutivo. Isso se deve, sobretudo, aos resultados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos.
Especialistas consultados pelo jornal Valor Econômico também atribuem a atual solidez do mercado de trabalho ao aumento, entre 2000 e 2022, da escolaridade média da população em idade ativa. Conforme o último Censo, a porcentagem de brasileiros com ensino superior praticamente triplicou no período: de 6,8% para 18,4%.
Outro fator é a criação, pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), da modalidade Microempreendedor Individual (MEI), que consta nas estatísticas da Pnad como emprego formal e empregava, em fevereiro deste ano, quase sete milhões de pessoas.
“Parte dos motoristas e entregadores de aplicativo são MEI, como pretende o governo. […] Mas existem também aquelas funções que acabam optando por abrir pelo programa não apenas para poder contribuir para a Previdência e acessar a rede de proteção social, mas também programas de crédito”, explica Rodolfo Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
(FGV/ Valor Econômico/ Agência PT)
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