Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 25 de maio de 2019

Nem Bolsonaro nem Mourão. Povo no poder


O jornalista Breno Altman diz, com razão, que seria um erro da esquerda caso ela assumisse um apoio velado à deposição de Bolsonaro e unção do general Mourão.

Claro que Bolsonaro não cairá, neste momento, pela força das mobilizações nas ruas que ainda não massificaram o suficiente para tal, mas pelo descarte que a elite faz de um produto semelhante ao peixe fora dágua.

É preciso termos claro que há um projeto tentando consolidar-se politicamente, depois de imposto a fórceps, quando a direita não mais aguentava sucessivas derrotas eleitorais, seguidas de definhamento político e caducidade de suas legendas representativas.

Esse prèt à porter boçal, pinçado como o único produto disponível nas eleições de 2018 para derrotar a esquerda já está demodé, daí a necessidade de substituição por alguém com verniz mais civilizado na imposição dessa agenda governamental perversa.

Há duas consequências fundamentais que merecem destaque após a provável queda: primeiro, enfatizar o caráter espúrio do pleito como seguimento do golpe de 2016; segundo a ardilosa unção de alguém sem voto pra presidir o Brasil, confiável apenas para a elite.

Assim, tanto faz Bolsonaro quanto Mourão, o fato político central é que a burguesia golpista recorreu a métodos escusos para impor ao país uma agenda em que conquistas sociais e trabalhistas são violentamente arrancadas da agenda governamental, inclusive manchando a legitimidade da escolha soberana do povo. 


Nenhum comentário: