O atual prefeito de Belém, Zenaldo Jr, iniciou sua carreira política como vereador quando a Câmara funcionava no Palácio 'Antônio Lemos', à época apenas "um palacete à sombra dágua", como diria Adoniran Barbosa.
Na prática, não passava de escombros em razão do mau uso recorrente que o levou à situação que se encontrava, com grande colaboração da própria Câmara e seu arquiteto dr. Frankenstein dos Anzóis Pereira, que encheu aquela relíquia arquitetônica de divisórias feitas de blocos de compensado dando-lhe uma fisionomia quasimodal.
O então prefeito Hélio Gueiros conseguiu que a fundação Banco do Brasil bancasse o renascimento daquele belo prédio, que foi conservado até o final do período em que foi prefeito de Belém Edmilson Rodrigues.
Depois desses doze anos, quatro de Hélio Gueiros e oito de Edmilson, o 'Antônio Lemos' seguiu os passos trágicos do patrimônio arquitetônico de Belém sob as mãos destruidoras dos últimos prefeitos, até chegar perto do que era no início da carreira do atual alcaide.
Agora, o Instituto do Patrimônio Histórico consegue do MP uma ação que determina ao prefeito a imediata restauração de sua sede administrativa, fazendo tornar aquele palacete à condição em que se achava antes de D. Costa e Zenaldo. É uma chance ímpar para o atual livrar-se da condição de cliente remoto do dr. Frankenstein.
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