Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Precisamos ser razoáveis a respeito do affair em Pernambuco



Mesmo sendo uma decisão dolorosa a ser tomada, o apoio à reeleição do candidato pessebista ao governo de Pernambuco, sacrificando a candidatura da companheira Marilia Arraes, não pode ser tratado como ato de traição na medida em que possui justificativas bastante razoáveis.

Em primeiro lugar, a contrapartida é o apoio pessebista à candidatura de Fernando Pimentel à reeleição ao governo de MG, o que constitui-se em golpe mortal na aliança conservadora que está vendo a chapa Anastasia/Alckmin ir pro brejo, mais ainda sem a ajuda da prefeitura de Belo Horizonte, hoje comandada pelo PSB.

Minas tem o segundo maior colégio eleitoral do país e a reeleição de Pimentel pro governo e Dilma pro Senado seria uma derrota espetacular dos conservadores, bem como contraponto a eventual derrota da esquerda em São Paulo.

Ainda hoje, foi noticiado que Temer bloqueou R$350 milhões para o governo de Minas, o que demonstra a importância daquele estado para o projeto deles, ressaltando-se ainda encontros furtivos recentes, na calada da madrugada, entre Temer e Aécio, claro pra tratar de maldades diversas contra Pimentel.

Marília Arraes é um fenômeno e as informações vindas de Pernambuco dão conta de seu favoritismo. Porém, não se trata de favoritismo absoluto, está sujeito a muitos riscos, principalmente em uma disputa que ela eventualmente trave sem aliados.

Por isso, sua candidatura a deputada federal, caso o PT resolva apoiar o PSB, inevitavelmente arregimentará uma quantidade de votos capazes de fazê-la a mais votada, além de contribuir pra formação de uma grande bancada petista. Se além da vitória pro Executivo precisamos fazer uma bancada combativa no Legislativo, então, a contribuição de Marília seria inestimável.

Claro que esses argumentos podem ser veementemente contestáveis, faz parte do debate. Contudo, são argumentos que procuram mostrar a razoabilidade da decisão da DN do PT, capazes de ao menos fazer entender que nem tudo que nos é estranho é fruto de escrotidão.

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