Oportuna reportagem publicada hoje, em O Liberal, divulga resultados de um estudo do DIEESE/PA, dando conta que o preço da passagem do ônibus em Belém aumentou 130%, em dez anos, para uma inflação de 86% no período.
Foi, ainda segundo o estudo citado, a capital brasileira que mais aumentou o preço desse serviço público sem que, diga-se, o serviço tenha tido qualquer indício de melhora, muito pelo contrário: o usuário continua penando transportado que é em sucatas quase imprestáveis.
Pra completar a orfandade, a prefeitura informa que reduziu o ISS das empresas do setor de 5% para 2%; assim como cortou pela metade a taxa de gerenciamento do sistema, que a SEMOB cobra das empresas, reconhecendo que subsidia a tarifa, embora isto não seja sentido pelo usuário.
Na prática, o usuário que pagava a tarifa mais baixa do país dentre todas as capitais brasileiras, hoje perdeu esse título e paga uma 130% mais cara do que pagava há dez anos, passou de R$1,35, em 2006; para pagar uma de R$3,30 atualmente.
Lembrando que 40% da população economicamente ativa de Belém recebem como remuneração um salário mínimo, resultando que 15% dessa remuneração é gasta com o transporte e tem obrigado grande parte desse segmento migrar pra outro veículo para locomover-se.
Segundo o IBGE, hoje 40% dos trabalhadores em condições semelhantes já usam a bicicleta em substituição ao ônibus na capital paraense, obviamente como forma de escapar dessa excessiva bonomia dos dois últimos prefeitos com os empresários, e massacre contra os trabalhadores. Lamentável!
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