Aécio Neves teve mais de 50 milhões de votos, em 2014, perdendo por pouco mais de dois pontos percentuais para Dilma Rousseff, na corrida presidencial.
Não tinha a estatura moral e política pra honrar essa enorme parcela do eleitorado que nele confiou. Optou pela via golpista e acabou tragado pela sanha moralista obrigada pelas circunstâncias a mostrar sua verdadeira face horrenda de um vil larápio.
Marta Suplicy não escondia de ninguém seu ressentimento com o partido que lhe deu notoriedade por este não te-la escolhido a sucessora de Lula. Aos poucos foi permitindo que o ressentimento superasse a militância política até debandar rumo ao MDB.
Marta está abandonando a política, depois de desprezada por esta; e Aécio corre atrás de um mandato que lhe garanta os privilégios comuns na justiça brasileira a um criminoso de colarinho branco, mesmo sendo considerado por um ministro do STF como mais perigoso que 90% dos que ora mofam em uma cadeia.
Ambos são vítimas dos seus erros, porém, mais vítimas são de uma certa 'ciência política' de ocasião, cujo futurismo previa dias róseos para aqueles que não estavam no raio de mira da malsinada Farsa Jato, que seriam ungidos quase naturalmente no lugar dos 'pecadores'.
Há outros. Muitos outros que sonharam com essa possibilidade e não contavam com um Temer no meio do caminho, desmentindo tanto a ciência de tabuleiro de Maria Pretinha quanto a farsa togada comandada por um juiz que degenera confessadamente a lei para ter vantagens salariais.
Agora, a população quer a democracia de volta, junto com as conquistas sociais recentemente alcançadas e sabe que isto não virá pelas mãos dos cruzados da falsa moral midiático/togada, mas pelas ações públicas dos 'impuros'. É isso.
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