Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Vergonha, vergonha, vergonha


O país vive um momento delicado e necessitava que suas autoridades, ou seja, aqueles que representam os poderes constituídos, aparecessem e apresentassem soluções que resgatasse a democracia ameaçada.

Desgraçadamente não é assim. Os chefões do Poder Executivo são vistos com desprezo por mais de 90% da população; os membros do Poder Legislativo viraram sinônimo de bandidagem muito, é verdade, pela ação irresponsável de nossa mídia, que sempre sai em socorro do conservadorismo quando este está na desvantagem política, sempre lançando mão do discurso falso moralista, mas muito também em razão do corporativismo voraz, geralmente saciado com ração generosa do dinheiro público.

Sobraria o Poder Judiciário, mas esse mergulhou de corpo e alma no vale tudo ofertado pelos outros dois poderes, optando por desempenhar um papel deplorável onde a sofística velhaca trocou a sadia aplicação da lei por uma espécie de cicuta letal que vem matando nossa democracia.

A proposta da presidenta do STF, Carmen Lucia, de viabilizar uma PEC que imponha ao povo brasileiro o sistema Parlamentarista, sem a necessidade de submeter-se a um plebiscito, inscreve-se entre os momentos mais torpes na história do Judiciário pelo seu grau de casuísmo em assunto que a participação popular direta é exigência inarredável da Constituição Federal.

Para diminuir a vergonha, espera-se que nossa Suprema Corte fique apenas na aquiescência dessa deplorável proposta, pois, aprová-la, seria algo tão vergonhoso que teria que ser desfeito em praça pública, inclusive com punição popular aos farsantes que porventura a implementasse à sorrelfa.

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