Segundo matéria do jornal Valor Econômico, "pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva dá conta que 75% dos que ascenderam à classe média, no período de 2008/2015, eram afrodescendentes.
Como 55% da população brasileira é composta de afrodescendentes, então percebe´se o salto civilizatório dado pela população durante os treze anos de governos petistas.
Além disso, houve um salto no tempo dispendido por essa parcela da população na frequência a escola. após séculos de segregação e exclusão imposta pelo colonizador e elites locais, passando esse tempo de 5,9 anos, em 2002, para 8,6 em 2015.
É verdade que, mesmo com esses avanços, os negros ocupam apenas 4,7 dos cargos executivos e 6,3% dos postos de gerência nas 500 maiores empresas do país, sendo ainda pior no caso das negras, em que os números são de 0,4% e 1,6% respectivamente.
Diante do passo atrás dado nas conquistas sociais após o golpe, é legítimo temer pela perda dessas conquistas, o que é lamentável principalmente levando-se em conta que os efeitos sociais dessa melhoria ainda são imperceptíveis.
Como em outros segmentos sociais que experimentaram uma melhoria nos indicadores de alguns de seus integrantes, mais uma vez o retrocesso nos tira a oportunidade de adentrar em uma nova etapa do nosso desenvolvimento econômico refletido na melhora das relações sociais.
Desgraçadamente, por enquanto, o ódio continua sendo um sentimento muito presente pra alimentar uma sociedade preconceituosa, excludente e reacionária, principalmente entre as classes mais abastadas. Uma pena!
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