Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Os mercenários


Paulo Henrique Amorim publica hoje, em seu 'Conversa Afiada, trechos de um artigo da revista Bloomberg, publicado na primeira quinzena de abril último, revelando, mais uma vez, o caráter imperialista da patranha jurídico/midiático/política que depôs da presidência da República uma presidenta legitimamente eleita e honesta, pra colocar no poder uma quadrilha de malfeitores, em troca do atendimento dos interesses rapaces do governo estadunidense.

Claro que uma boa parcela da população brasileira já é ciente da vilania orquestrada que deu nessa cloaca. No entanto, quanto mais surgirem abordagens reveladoras da sacanagem, obviamente mais pessoas constatarão quem são os bandidos nessa história. Inclusive os de toga.

"(...) Judiciários mais eficazes também ajudaram a mudar o placar do jogo: no Brasil, a intocável equipe formada por policiais federais, promotores e pelo juiz Sérgio Moro de Curitiba derrubou dezenas de líderes políticos e, agora, levou à cadeia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na Colômbia, o procurador-geral Nestor Humberto Martinez abriu processos contra mais de 1.600 pessoas acusadas de corrupção - cerca de 500 são políticos. Na Guatemala, a procuradora-geral Thelma Aldana, trabalhando junto a uma agência anti-corrupção da ONU, descobriu um esquema de propinas de dezenas de milhões de dólares, o que levou à prisão o presidente, vice-presidente e vários outros políticos. No Peru, quatro ex-presidentes já foram sentenciados, presos ou estão foragidos por conta de corrupção e ataques contra os direitos humanos.

E tudo isso deve-se à enorme pressão da população. Em um ano em que dois terços dos latino-americanos irão às urnas para escolher o novo presidente, a corrupção é um elemento que os eleitores irão levar em consideração.

O governo dos Estados Unidos teve parte nesse "despertar" inicial. A agência USAID trabalhou com os governos da região para reformar e transformar seus sistemas jurídicos. O Departamento do Tesouro dos EUA dedicou recursos para rastrear dinheiro de corrupção que era transferido para contas americanas ou que passava pelo sistema bancário do país. Promotores do Departamento de Justiça trabalharam junto aos seus pares latino-americanos, especialmente no caso Odebrecht, que resultou em mais de U$ 2,6 em multas e na prisão de dezenas de políticos e empresários. (...)"

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