Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 22 de maio de 2018

O massacre do Carandiru e a Farsa Jato


A lógica da justiça brasileira é um primor de calhordice, muito semelhante à lógica daquele rei medieval, citado pelo escritor Victor Hugo, na genial obra 'Os Trabalhadores do Mar'.

No clássico literário, o dito rei identifica bruxas mandando ferve-las. Depois de um certo tempo provava o caldo e pelo gosto sentenciava: 'era bruxa'; 'não era bruxa'.

A justiça brasileira acaba de dar exemplo semelhante ao anular as sentenças dos acusados de responsabilidade pelo massacre do complexo penitenciário do Carandiru, aquele em que 111 presos foram barbaramente executados pela polícia, após um motim.

Como era muita gente, diz a justiça, é impossível precisar e identificar os autores do morticínio devendo, então, prevalecer o princípio da presunção da inocência.

Mesmo que houvesse as armas, os soldados, os mortos. O fato dos réus nas sentenças ora anuladas estarem lá não indica, pro pendular judiciário brasileiro, que sejam responsáveis pelo hediondo massacre.

Totalmente diferente do entendimento em relação a Lula e o PT. Neste caso, houve roubo na Petrobras, investigado a partir de 2003. Nesse período, o partido de Lula era governo, logo, há que se prender petistas por serem responsáveis pelo roubo.

Pior que o episódio do Carandiru, onde havia um caso isolado. Ao contrário da Petrobras, onde a ladroagem vinha desde o século passado conforme atesta o histórico funcional dos servidores/delatores que roubaram, ficaram ricos, mas acabaram em prisão domiciliar, ricos e impunes, repita-se, porque disseram o que o malsinado juiz queria ouvir. Não é uma gracinha?

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