Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

A greve dos caminhoneiros e a maldição lampedusiana



O rodoviarismo implantado a fórceps no pós 1964, em troca do financiamento daquele governo golpista, trouxe junto anomalias dessa natureza.

Cinco dias de greve dos transportadores de carga via rodoviária paralisa totalmente o país ainda hoje, em pleno século XXI.

São Paulo e Rio de Janeiro carecerão de combustível já amanhã. Muitos dos quatro milhões de veículos que trafegam diariamente pelas ruas paulistanas, muitas vezes com apenas uma pessoa, amanhã terão que ficar em casa por falta de combustível.

Que ironia. As execradas pelas elite e classe média  ciclovias, ciclofaixas e faixas exclusivas para ônibus talvez sejam a salvação da lavoura de quem depende do humor dos caminhoneiros e do modelo anacrônico de transporte no país que os empodera.

Claro que passada essa tormenta os atingidos em seus confortos por esse contratempo jamais pararão para refletir sobre suas escolhas históricas. Continuarão plantando ódio, preconceito e desejo de exclusão social.

Se tivemos a ventura de escapar enquanto nação da Idade Média, por outro lado, necessitamos urgentemente de experimentar processos revolucionários do tipo os ocorridos nos EUA, França e Rússia na medida em que só isso nos livrará dessa espécie de maldição lampedusiana em que a elite sempre sai na frente e faz aquilo que o povo deveria fazer. Até quando?

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