Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O suspeito é o próprio juiz



O julgamento de Lula, 24 de janeiro próximo, caminha para uma situação surreal a partir dos fatos que vieram à tona por intermédio do ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran.

Por conta disso, a defesa de Lula formalizou nesta sexta-feira 15 um pedido ao Tribunal Regional Federal da 4ª. Região para rever o posicionamento do juiz Sergio Moro, de Curitiba, "que negou, por três vezes, ouvir o advogado Rodrigo Tacla Duran como testemunha", conforme noticia o site 247.

Ou seja, há o cerceamento da defesa pelo aberrante impedimento de uma testemunha manifestar-se, coisa que nem no processo dos irmãos Naves ocorreu.

E essa testemunha contesta principalmente os documentos que embasam a condenação, todos fraudados, segundo essa testemunha, obviamente por isso impedida pelo juiz de manifestar-se.

Provavelmente, o TRF 4 deverá negar o pedido e dará seguimento ao julgamento passando por cima de algo fundamental, capaz de provocar a condenação do acusado com base em provas fraudadas.

Acontece que, caso se confirmem as denúncias de Tacla, aí, sim, adentramos no terreno do surrealismo na medida em que isso inverte a situação e o juiz que prolatou a sentença na 1ª Instância passa a ser o acusado.

Então, a partir de agora, o corporativismo togado deverá somar todos os esforços para impedir que a testemunha fale, apresente os documentos que diz ter e que provam serem falsos os que estão no processo, assim arrematando a situação bizarra.

Acontece que esse réu não é um pobre homem do campo, sem eira nem beira, cuja acusação por si só já lhe faz tremer e sentir a sensação de que terá de provar sua inocência, e não seus acusadores provar o que afirmam, conforme rezam os princípios jurídicos.

Trata-se de um ex-presidente da República, querido pela população e dono de uma reputação internacional acima de qualquer outro que tenha ocupado o mesmo cargo, daí a repercussão da possível fraude revestir-se de uma caráter ainda mais estridente.

Enfim, o TRF 4 pode barrar todas as medidas tomadas pela justiça, pode marcar o julgamento em tempo recorde e até condenar Lula em 2ª Instância. Mas uma coisa não pode impedir: sua decisão não põe termo ao processo.

Ao contrário. Uma condenação baseada em documentos fraudados apenas iniciará uma batalha jurídica travada nos tribunais internacionais, com repercussões desabonadoras para a justiça brasileira, particularmente ao verdugo togado que imaginou sua perseguição a um homem da importância de Lula não ter consequências.

Vejamos se as convicções dessa trupe de magarefes togados tem bala na agulha pra suportar uma peleja desse porte, ou se fugirão da raia escudados no discurso chinfrim, que foram mal compreendidos.


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