Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A disputa de 2018



Certa vez, Tancredo Neves e Magalhães Pinto, adversários políticos em Minas Gerais, encontraram-se no aeroporto e em rápida conversa o primeiro disse que ia pra Juiz de Fora e outro que rumava pra Sete Lagoas.

Mais tarde, em conversa com assessores, ambos abordavam a informação diversionista do interlocutor do aeroporto com a seguinte conclusão: ele diz que vai pra tal destino só pra me ludibriar, mas na verdade seu destino é outro.

As observações do Repórter Diário, coluna do jornal Diário do Pará, traz hoje umas notas semelhantes ao fato acima narrado a respeito do futuro político de Simão Jatene e do atual presidente da Assembléia Legislativa do Pará, Marcio Miranda.

Márcio é aliado de Jatene, logo, a informação que preste ao líder do PMDB na Alepa, seu adversário político, é tão crível quanto o que disse Tancredo a Magalhães e vice versa. E é muito difícil que o comando pemedebista se baseie nessa informação(?).

É incerto o futuro de Jatene, em razão de sua inércia nesses anos todos quando não costurou nada de substancial pra consolidar sua candidatura ao Senado e agora só se ouve boatos de que será senador, deputado federal ou até deputado estadual.

Como Jatene resolverá o imbroglio dos dois aliados que governam Belém e Ananindeua, ambos propensos a largar o mandato por ora, já que se não o fizerem restará candidatura a vereador, em 2020, muito pouco pra quem deseja alçar voos mais altos.

Se ao menos Jatene transmitisse segurança de que será eleito e depois conseguirá algum cargo relevante no âmbito federal para ambos, isto poderia persuadi-los a cumprir seus mandatos até o fim, mas isso é incerto desde já pelo futuro incerto de Simão, principalmente agora que sua filha desceu o malho em Aécio Neves, este ainda com muita influência no PSDB.

Há, ainda, o rumor que Jatene pretende lançar Pioneiro à sua sucessão, o que desagradaria a Zenaldo e a Flexa, fazendo com que ambos busquem trilhar seus caminhos sem muita proximidade com o atual governador.

Concretamente, se a candidatura de Simão ao Senado tiver as concorrências de Jader Barbalho(PMDB); Marcio Miranda(DEM); Ana Júlia Carepa(PCdoB); Marinor Brito(PSOL), entre outros e outras, isto significará uma disputa acirradíssima que coloca em risco a vitória do tucano.

Da mesma forma que a disputa ao governo tendo Helder(PMDB); Úrsula Vidal(Rede); Zequinha Marinho(PSC) e Manoel Pioneiro(PSDB) é prenúncio que podemos ver repetir-se o que ocorreu em 1996 na eleição pra prefeito de Belém, quando Edmilson beneficiou-se do embate entre Elcione Barbalho e Ramiro Bentes. Emoções fortíssimas nos aguardam para breve.

Um comentário:

Anônimo disse...

Neste cenário, Zenaldo não lograria êxito para o cargo maior de governador. Ele foi um dos defensores da Não divisão do Pará. Logo, os moradores das regiões Oeste, Sul e Sudeste não votariam nele. Neste quesito estaria melhor o tucano Pioneiro (que não abriu o bico naquela eleição) e a jornalista Úrsula (Rede). Quem apostar no candidato do Pmdb pode dançar.