Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Será que a moeda do golpe tem duas faces?

Divulgação | Reprodução

Na cabeça do admirável professor Moniz Bandeira, uma intervenção militar agora poria um freio no apetite voraz da cleptocracia temerária e "impediria que o patrimônio nacional - Eletrobrás, Eletronuclear, Petrobrás e pré-sal, bancos estatais - seja dilapidado, entregue aos gringos: é evitar que o desenvolvimento do Brasil, com a inclusão, não seja interrompido; é impedir a entrega aos gringos de uma parte da Amazônia maior que a Dinamarca".

Infelizmente, no coração dos generais que também já defendem abertamente novamente uma ação das Forças Armadas, não há garantia que esteja a defesa dessa intervenção nos mesmos moldes, ou seja, evitar a dilapidação do patrimônio nacional.

Basta ler as declarações do gen. Augusto Heleno, em defesa do colega Antônio Mourão, o 'novilho fardado', pra perceber a distância que separa o professor Moniz Barndeira dos apologistas fardados da intervenção militar.

Diz o indigitado general, “Em resposta a uma pergunta, colocada diante de uma plateia restrita (na Loja Maçônica de Brasília), ele (Mourão) limitou-se a repetir, sem floreios, de modo claro e com sua habitual franqueza e coragem, o que está previsto no texto constitucional. A esquerda, em estado de pânico depois de seus continuados fracassos, viu nisso uma ameaça de intervenção militar. Ridículo”.

O fracasso vislumbrado pelo general golpista foi a retirada de 30 milhões de brasileiros da miséria; da geração de mais de 20 milhões de empregos em dez anos; a respeitabilidade mundial de nossa política externa; a assunção à condição de quinta economia do planeta; a criação de políticas sociais que proporcionaram a uqeda das desigualdades sociais a patamares nunca antes verificados na história deste país, entre outros "fracassos".

Portanto, a retórica desses símiles da 'vaca fardada' de '964 é, ao contrário do que pensa o professor Moniz Bandeira, a exumação da famigerada teoria da segurança nacional, dando pinta do uso dessa estultície para impedir a candidatura de Lula, colocar na clandestinidade PT, PCdo B e PSOL, repetindo a farsa de 1964, quando a UDN foi poupada da repressão, agora em favor de tucanalhas e demo/pefelistas.

Agora, então, que o larápio temerário foi beijar a mão do fascistoide republicano Trump, fica o temor de que as Forças Armadas, mais uma vez, renunciarão ao nacionalismo tantas vezes invocado, dando vez ao alinhamento subalterno aos cânones impostos pela CIA, como em 1964, repita-se.

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