Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

E se a traição de Dória for apenas um bode na sala?


Nas redes sociais e naquelas notinhas de colunas de fofocas políticas que campeiam na mídiaZONA, não se fala em outra coisa: o prefeito de São Paulo, João Dória Jr, passou a perna no governador paulista Geraldo Alckmin e viaja o Brasil todo costurando sua candidatura pelo PSDB à presidência da República.

Alguns mais afoitos, ou melhor instruídos para o jogo de cena, até já plantaram naquelas pocilgas impressas que o mata mendigos cogita abandonar o ninho tucano e migrar para o DEM a fim de sustentar sua pretensão.

Todavia, no dia-a-dia administrativo dos dois entes federativos, ambos parecem continuar bastante afinados na missão de atormentar a vida dos mais humildes, deixando São Paulo, estado e capital, à mercê dos interesses do grande capital.

O salafrário Dória, desde primeiro de janeiro deste ano, quando assumiu a prefeitura paulistana, passou 30% desse tempo fora da cidade que governa, levando a tucanos, e direita em geral de outros estados, a ideia que sairá de São Paulo o candidato tucano à disputa presidencial do ano que vem, apesar da encenação de distância do conluio temerário. Ponto.

Sua exposição parece risco calculado por quem é bom de mídia e pode aguentar o tranco desse desgaste. Ao contrário de Alckmin, bastante desgastado pelos escândalos envolvendo seu cunhado, sem contar as ladroagens no metrô e no roubo de merenda escolar que o envolvem.

Portanto, a vitimização de Alckmin pode ser mais um truque eleitoreiro com que a privataria pretende enganar o povo brasileiro, poupando seu candidato do desgaste pré eleitoral e depois, durante o pleito, dizer que as críticas não passam de intriga dos adversários que não têm projeto e fazem do ataque pessoal seu recurso eleitoral.

Aécio parece ter percebido a jogada e já marcou para dezembro o lançamento da candidatura de Alckmin pelos tucanos. Ou seja, daqui a quatro meses o governador será lançado à fúria da opinião pública e seu fiel escudeiro nada mais poderá fazer para blindá-lo contra a execração merecida de que por certo será alvo.

Se resistirá ao bombardeio e ao porradal interno é outro papo. Certo é que internamente terá que bancar o nome de Dória à sua sucessão, agradecido pelo esforço em favor de seu nome, o que abrirá outro ringue pra luta, já que serristas como João Aníbal e Alberto Goldmann não engolirão a seco a imposição do nome do alcaide farsante.

Aguardemos, pois, para conferir o desfecho dessa peleja do capeta contra o demo. Se Aécio Neves, sob blindagem de Gilmar Mendes e Rodrigo Janot, ou Geraldo Alckmin juntará dos escombros do golpismo a enlameada bandeira tucana e enfrentará de peito aberto o povo brasileiro, após essa torrente de falcatruas e tungas de direitos sociais arduamente conquistados.

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