Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Vassalagem rabiscada


Sou de uma geração que aguardava ansiosamente a chegada do exemplar da semana d'O Pasquim, leitura obrigatória naqueles tempos de truculência fardada.

Ali, entre outras leituras que nos fascinavam e fizeram nossa cabeça por um bom tempo, havia cartunistas como Henfil, Jaguar e Ziraldo, entre outros, caracterizados pelo humor corrosivo e desassombrado diante da subserviência imposta à força.

Por isso, quando me deparo com a produção de charges nos dois jornais cá da terra tenho ânsia de vômito, não apenas pela indigência criativa; muito mais pela viralatice resignada que caracteriza a tal produção, feita sob medida para o agrado dos patrões.

Tome-se o exemplo da de hoje no jornal da oligarquia barbálhica. O bedel rabiscador garatujou um triliche em uma cela grafado como o nome de Lula na madeira de cada uma das peças, óbvia referência ao tal triplex que não pertence a Lula, mas por isso foi condenado.

A referência instantânea demonstra uma coragem diante de uns, quando a covardia é a palavra de ordem na cabeça daquele vassalo rabiscador.

Basta ver que o mesmo não se dá em relação ao larápio Temer e seus comparsas de recorrentes assaltos, mas poupados de críticas por motivos óbvios.

Além disso, quem tem os patrões que ele tem não pode ficar a atirando pra todo lado, pois suas limitações funcionais em algum momento provarão ao distinto público que aquele destemor é tão seletivo quanto o senso do direito que tem o verdugo curitibano.

Ou seja, esta terra está tão avacalhada que acrescentou ao pobre de direita, ao traficante viciado, à puta apaixonada a figura do chargista reacionário. Credo!

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