Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Os 55 anos do décimo terceiro salário e o banditismo que o persegue desde então


Exatamente hoje, faz 55 anos que o presidente João Goulart criou, através da Lei Nº4090/62, a chamada gratificação de Natal, depois cognominada de décimo terceiro salário.

Ele garante que o trabalhador receba o correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado. Ou seja, consiste no pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada ano.

Inicialmente execrado pela elite brasileira como um custo desnecessário para o bolso dos patrões, conforme estampou em manchete o infame jornal O Globo à época, depois virou xodó do comércio pelo consumismo desenfreado que provocou e acabou revertendo em lucros fantásticos, principalmente à essa parcela do patronato.

Tragicamente, dois dias após o golpismo assaltante rasgar a CLT e destruir uma série de conquistas históricas da classe trabalhadora nada temos de motivos pra comemorar o evento, apenas lembrar que João Goulart, assim como Getúlio Vargas, Lula da Silva e Dilma Rousseff foram os únicos presidentes deste país que remaram contra a maré das certezas mistificadoras que pregam o ódio contra esses líderes populares que ousaram distribuir renda, mesmo que essa distribuição tenha trazido indiretamente vantagens a esse patronato, tacanho, mesquinho e indecente.

Diante desse novo quadro decorrente da tunga de direitos por essa corja de malfeitores, parcelas significativas da classe trabalhadora provavelmente já não usufruirão dessa conquista, diante da iniquidade da prevalência do negociado sobre o legislado.

Contudo, que essa vilania seja motivo de ânimo para a luta contra a usurpação, em vez de significar o estabelecimento do fato consumado imposto à força do golpe.

O Brasil há de dar a volta por cima e resgatar suas conquistas, passando por cima do banditismo midiático/político/empresarial/ judicial que impôs a quebra da ordem democrática a fim de viabilizar esse gigantesco roubo. E quando isto se consolidar teremos a sensação que tudo não passou de pesadelo. Só isso.




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