Na eleição de 2014, após a trágica e nunca esclarecida morte do pessebista Eduardo Campos, Marina Silva herdou o posto e o espólio eleitoral, inclusive aquele oriundo da comoção com a morte do candidato.
Foi uma forma de dar a dianteira da disputa a uma candidatura anti petista. E com um percentual tão folgado que Marina chegou até falar de ministério tamanha era a certeza da vitória.
Não foi bem assim, todos recordam. Bastou uma semana de bombardeio midiático a respeito das mancadas da candidata para tirá-la do páreo e transferir para Aécio o espólio.
Ressalte-se que aquela altura a campanha de ódio contra o PT tinha mandado às favas quaisquer escrúpulos, fazendo valer tudo, até capa da degenerada revista Veja a fim de virar panfleto de campanha, além de boato de assassinato de um doleiro a mando de petistas.
Nada disso deu certo e Dilma ganhou a eleição contra a vigarice, a empulhação e o ódio. Mas o ódio, a vigarice e a empulhação deram o troco contra a vontade soberana da população golpeando a democracia e construindo o horror ora vivido.
Agora, surgem algumas análises apontando pra perspectiva de uma revanche eleitoral entre direita e esquerda, agora com Lula e Bolsonaro na disputa.
Tudo bem. As candidaturas viáveis no momento estão postas. No entanto, onde anda a via tucana que herdará o espólio de Bolsonaro quando a mídia atirá-lo ao inferno?
Nenhum dos atuais cardeais tucanos tem qualquer viabilidade eleitoral, aí incluído até o fascistóide alcaide paulistano, bem como o discurso do ódio entrou em descrédito de nível privata e inviabilizando a repetição farsesca da estratégia de 2014.
Por isso, é bom que as análises, antes de falar dos candidatos, tratem de fazer a apologia da democracia, antes que essa conquista maior do povo brasileiro seja definitivamente soterrada pelos agentes do golpe que nos levou a esse caos.
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