Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Toda solidariedade ao blogueiro Eduardo Guimarães



Na ditadura militar/empresarial instalada após o golpe de 1964, o todo poderoso demiurgo que pairava sobre a cabeça da sociedade era o ministro da justiça, ungido por algum marechal ou general.

Naqueles tempos, o Poder Judiciário parecia funcionar por mera concessão dos fardados donos do poder central, tanto que é difícil a qualquer brasileiro jovem naquela época hoje identificar quem eram os ministros das cortes superiores, no caso dos tribunais de instância inferior talvez só os parentes de juízes e desembargadores lembrem de suas respectivas investiduras.

O golpismo atual que assaltou a democracia brasileira ano passado funciona de forma diferente. Transferiu o poder político ao Poder Judiciário e hoje convivemos com togados de 1ª Instância atuando com a mesma força discricionária que estava em mãos do Ministério da Justiça nos tempos da Redentora.

Suas convicções têm mais força que as leis vigentes no país, bem como contrariá-los os faz admoestar qualquer cidadão/cidadã envernizando sua antipatia ideológica com o lustre da persecução pseudo jurídica.

Convive-se com esse fantasma autoritário desde os primórdios do golpe, quando a malsinada operação Lava Jato instalou-se paralelamente como mecanismo purificador das instituições, álibi velhaco que prepararia o espírito do povo brasileiro para digerir um enredo tão falso como adequado à tragédia advinda.

O caso do blogueiro Eduardo Guimarães seria risível não fosse indicativo desse estado de exceção criado artificialmente pelo conluio mídia/judiciário e legislativo.

Acusado de ameaçar o juiz Sérgio Moro, Guimarães foi intimado pela PF a prestar esclarecimentos a respeito de suas intenções.

Na verdade, tudo não passou de delação execrável, feita por um blogueiro ligado à revista Veja, que viu em um texto de Eduardo a centelha da ameaça.

Bobagem. Coisa típica de um Silvério dos Reis de merda, que deve achar que prestou um grande serviço ao verdugo curitibano denunciando um cidadão contra o qual não há qualquer nódoa em sua vida.

Infelizmente, não há a quem recorrer contra esse tipo de estultice, típica dos tempos de exceção como o que vivemos agora. Com efeito, resta somente a força da mobilização popular pra apear de uma vez por todas do comando do país esse tipo de conluio sórdido, fazendo restaurar a democracia que tanto sacrifício custou para ser conquistada.

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