Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Temer x Padilha: como guilhotinar um amigo para o ‘N1’


Ontem, o colunista Jorge Bastos Moreno, com toda a sua expertise em Michel Temer perguntava porque Jorge Yunes desfila com a cabeça de Padilha pela Esplanada dos Ministérios e naquele seu jeito oblíquo de narrar, dizia que Michel Temer era amado como um filho pelo amigo “mula”.

Hoje, na Folha, Monica Bergamo responde de forma mais direta à pergunta de Moreno:

Amigos e assessores do núcleo pessoal de Michel Temer elogiaram a iniciativa do empresário José Yunes de se antecipar às investigações e declarar que foi “mula” do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles acreditam que o presidente foi preservado e até salvo pela atitude.A informação de Yunes de que um “pacote” foi entregue em seu escritório pelo doleiro Lucio Funaro, operador de Eduardo Cunha, a pedido do ministro da Casa Civil explodiu como uma bomba e pode custar o cargo a Padilha.
“Essa história iria ser vazada de qualquer forma”, escreveu a Temer um de seus amigos e consultores. “Quando fosse revelada, o Zé [José Yunes] perderia o protagonismo da versão verdadeira e seria muito difícil as pessoas e a imprensa não desconfiarem que o destino do dinheiro não fosse outro senão o grupo do amigo N1 [o próprio Temer]”, segue o consultor.
Na opinião do mesmo amigo, Yunes acabou erguendo uma grade de proteção a Temer. “Foi melhor [Yunes] falar a verdade e jogar no colo do Padilha do que acabar caindo no seu colo e no colo do seu governo.” Yunes só teria falhado ao não deixar claro que fez o que fez para “não ficar na mão de pessoas investigadas” nem “sofrer pressão de pessoas encarceradas”.


Monica, gentilmente, deixa ao leitor a conclusão da autoria da “grade de proteção”.

Padilha, como se sabe, pediu licença para ser operado sábado.

Mas já tinha entrado na faca na quinta, quando o velho amigo de Temer cortou sua cabeça em praça pública.
{Tijolaço/ Fernando Brito}

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