Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 12 de março de 2017

O roto falando do esfarrapado e vice versa


Quer dizer que Ananindeua(PA) é a pior cidade com mais de 266 mil habitantes pra se viver, líder negativo em todos os quesitos englobando saúde, educação, cultura, infraestrutura entre outros?

Curioso é o jornal da família Barbalho, Diário do Pará, ressaltar essa triste condição sugerindo que tudo é responsabilidade apenas do atual alcaide Manoel Pioneiro, de fato, uma calamidade administrativa.

No entanto, muito dessa precariedade tem a colaboração do rebento familiar do jornal, Helder Barbalho, prefeito daquela cidade por oito anos e incapaz de implantar um metro sequer de rede de esgoto, por exemplo.

Tanto que Helder, agora ministro do golpismo, correu ao Nordeste para inaugurar a transposição do rio São Francisco, obra iniciada por Lula e praticamente concluída por Dilma Rousseff que o oportunismo apenas deu o arremate final, daí ter sido hostilizado em Monteiro(PB) a quando da dita inauguração.

Chama a atenção, também, o caudaloso cinismo do atual alcaide ananin declarando à mídia que contesta os números apresentados pela Consultoria Macroplan, embora não apresente quaisquer dados que embasem a contestação.

Resumo da ópera, há mais de vinte anos PSDB e PMDB revezam no comando do segundo mais populoso município do estado do Pará levando-o à precariedade atual.

Apesar de meio milhão de habitantes, lá não há cinema, teatro um centro de referência cultural que agregue a juventude em torno de um projeto, assim como a educação não passa de mera fabricante de diplomas e descarga de novos desempregados à margem do mercado de trabalho, sem a capacidade de formar um contingente de cientistas que pensem ao menos os problemas da cidade.

O resultado é uma violência incontrolável, bem como a vulnerabilidade da juventude à mercê do tráfico de drogas, em uma ciranda insuportável de retroalimentação dessa violência.

Seu distrito industrial, outrora um polo econômico alvissareiro, de tão incipiente que é tornou-se simplesmente mais um bairro residencial, pra variar, vítima das mesmas mazelas que acometem os demais bairros.

Enfim, não é esse jogo de empurra entre duas facções políticas que irá resolver a constrangedora situação ora vivida, mas um amplo debate acadêmico, político e com a participação de todos os segmentos sociais a fim de dar um basta nesse revezamento perverso, assim como pensar um programa que tire Ananindeua dessa condição de vilarejo com 500 mil habitantes.

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