Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 9 de março de 2017

A iminente queda de Temer e os palpites de Gilmar


Provavelmente sem querer, o ministro Gilmar Mendes virou uma espécie de conselheiro Acácio da política brasileira ao afirmar que o Congresso Nacional pode eleger indiretamente Michel Temer- o MT- presidente da República, na hipótese cada vez mais presente de sua cassação pelo TSE.

Pode, claro, desde que não seja decretada sua inelegibilidade por um período que extrapole o interstício que vai da cassação à eleição indireta, que viria logo 60 dias após a deposição do golpista temerário.

Assim como pode eleger FHC, o nome mais simpático ao complexo midiático golpista; José Serra, outra simpatia no seio do jornalixo tupiniquim; o próprio Gilmar, que talvez nem queira largar a toga na atual conjuntura que o permite estar acima do eleito; até Jucá, Renan e outros menos votados podem na medida em que a eleição exclui a participação do povo.

O problema está exatamente nessa escolha, feita por parlamentares que sabem muito bem pedir votos à sociedade, mas na hora de depositar o deles no Legislativo mostram-se péssimos eleitores, e essas opções citadas mostram que, quanto mais favoritos em uma eleição intramuros, mais nefastos ao interesse geral da nação são os pretendentes.

Por isso, a saída são eleições gerais e diretas a qualquer tempo que seja necessário realizá-las a fim de que se restabeleça a democracia usurpada pelos atuais assaltantes do poder.

Claro que isso não agradaria o ministro Gilmar, todavia, seria solução brotada do clamor popular, este em momento alentador depois das manifestações de ontem, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, atestando que as mobilizações continuam a pulsar e não filtradas pelo discurso reacionário que chancelou o golpe que depôs a presidenta Dilma.

Certo é que, pela fala de Gilmar, Temer já está fazendo hora extra, diante da enxurrada de denúncias contra a conspiração larápia que comandou ao lado dos comparsas Eduardo Cunha e Aécio Neves.

Claro que Temer é fruta podre que jamais voltaria a árvore depois de tombada, demonstrando que as palavras do mais ilustre tucano militando no Poder Judiciário não passam de consolo.

De qualquer modo, as alternativas apresentadas via bolso de paletós naquele poder controlado pelo mais arcaico patriarcalismo não serão do agrado do povo, logo, mãos à obra a fim de inviabilizar o golpe dentro do golpe, ou seja, que o substituto de MT surja de uma conspirata.

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