Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O vale-tudo contra Lula e o jornalixo da Folha Tucana- FSP


Em se tratando de forjar denúncias para forçar manchetes contra o ex-presidente Lula e sua família, a Folha de S. Paulo não tem limites.

Neste domingo (19/02), após pesquisa mostrar que ele lidera as intenções de voto para presidente em 2018, a Folha baixa mais o nível da apelação. Parece o governo Michel Temer tamanha a desfaçatez.

Um vazador teria informado à Folha que um delator da Lava Jato teria revelado em delação premiada que a Odebrecht teria pago um orientador de carreira para o filho mais novo do ex-presidente Lula.

O verbo no condicional é nosso, pois a Folha é peremptória na acusação. Veja abaixo.

Um dos favores feitos pela Odebrecht para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pagar um orientador de carreira para ajudar seu filho Luís Cláudio a colocar de pé a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos, que organizava um campeonato de futebol americano.

A informação consta da delação premiada da empresa, que ainda está sob sigilo:

Segundo a Folha apurou, foi o próprio Lula quem pediu para que a empresa bancasse o “coaching”, cujo objetivo era ensinar a Luís Cláudio, 31, técnicas de gestão.

Procurado, o Instituto Lula disse que não comentaria.

Caçula de Lula e Marisa, ele promoveu entre 2012 e 2015 o Torneio Touchdown, que reunia cerca de 20 equipes de futebol americano.


Vamos por partes:

A Folha não diz quem deu a informação, quanto foi pago nem o nome de quem teria dado o suposto curso ao filho do ex-presidente.

A Folha também não informa quando isso aconteceu.

A informação sobre a data é relevante, sim, ao contrário do que alguns possam imaginar.

Lula deixou a presidência em 31 de dezembro de 2010. Já, segundo a Folha, o filho do ex-presidente promoveu campeonatos de futebol americano entre 2012-2015.

Assim, se fosse verdade, o suposto curso teria sido pago quando Lula não era mais presidente.

A Folha diz na 12ª linha da matéria: “Procurado, o Instituto Lula disse que não comentaria”.

A Folha sabe que não é bem assim. Falta com a verdade inclusive sobre a resposta do Instituto.

Tanto que ao final da matéria, na 50ª linha, publica parte da resposta do Instituto Lula. É apenas para constar.

A Folha não comenta também que jornalista José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula, lhe fez algumas perguntas-chave para que pudesse responder à demanda e o jornal não respondeu. Assim, como sonegou essas informações aos seus leitores neste domingo.

Não bastasse tudo isso, a Folha não conta aos seus leitores que ela e o seu vazador foram mudando as versões sobre o suposto acontecido ao longo da última sexta-feira (17/02), como demonstra troca de mensagem (na íntegra, abaixo) entre a repórter e o assessor do Instituto Lula.

Denúncia ridícula, desonesta, que não fica em pé.

Feita, obviamente, para diminuir o impacto positivo da pesquisa que deu Lula liderando em 2018, o que a Folha conseguiu com esta nova denúncia foi cravar mais um prego no seu caixão.

Nota do Instituto Lula

Como a Folha e vazadores mudam versão de história sem provas em poucas horas para gerar manchetes contra Lula e sua família. Não há o que comentar diante de informações genéricas de origem ilegal, de apurações sem documentos que mudam em poucas horas

Da Assessoria de Imprensa do ex-presidente Lula, via e-mail, em 19/02/2017

O jornal Folha de S. Paulo publica hoje matéria baseada em suposto vazamento de delação premiada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A matéria vem com grande destaque na edição do primeiro domingo após pesquisa eleitoral indicar que, apesar da perseguição movida contra Lula por setores da imprensa e alguns agentes públicos, ele venceria as eleições para presidente da República tanto no primeiro quanto no segundo turno.

No contato feito com a assessoria de imprensa do ex-presidente (leia abaixo a troca de e-mails entre a Folha e a assessoria), a Folha de S.Paulo mudou em poucas horas a versão da sua apuração.

Primeiro haveria um “interlocutor de Lula” que teria feito o pedido citado na suposta delação a que a Folha teve acesso. A reportagem informou que o nome desse interlocutor não seria revelado. Depois, o tal interlocutor sumiu em uma informação de última hora que teria chegado na noite de sexta-feira (quando os jornais fecham a maior parte da sua edição de domingo).

Fica a impressão de alteração da história, pelo jornal ou por sua fonte, após terem sido questionados sobre a falta de informações básicas. A Folha de S.Paulo também não soube prover nenhum documento ou mesmo informações simples sobre a história que sustenta sua matéria: em que ano ela teria acontecido?

Lula deixou a Presidência da República em 31 de dezembro de 2010 e não ocupa nenhum cargo público desde então. Diante de informações genéricas, sem documentos, de origem ilegal, que mudam em poucas horas, não há o que comentar ou dar crédito a suposições.

Por lei, delações não são provas, quanto mais vazamentos de supostas delações, sem documentos, contexto, provas do ocorrido ou sequer o ano em que teria acontecido o fato. Servem apenas para gerar manchetes sensacionalistas contra Lula e sua família.

A Folha de S. Paulo costuma publicar esses ataques contra Lula aos domingos, atribuindo como “presentes” ao ex-presidente um estádio que é do Corinthians, ou uma piscina que é do Palácio do Planalto.

Supostas acusações de delatores divulgadas com estardalhaço na imprensa não têm se confirmado em depoimentos em audiências, onde mais de 11 delatores chamados como testemunhas de acusação pela Lava Jato foram incapazes de apontar qualquer ato ilegal ou vantagem indevida recebida pelo ex-presidente Lula. 

A imprensa, que faz estardalhaço de versões sem contexto e distorcidas de supostas delações, não dá destaque algum quando delatores como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró ou Pedro Barusco dizem, perante o juízo e com compromisso de dizer a verdade, jamais terem ouvido falar do envolvimento de Lula em ilegalidades ou recebimento de qualquer vantagem indevida (veja vídeo em https://www.facebook.com/Lula/videos/1219752334760431/).

Abaixo, a troca de mensagens entre a assessoria e a reportagem da Folha que mostra as informações faltando na matéria e a mudança de versão na história ao longo do dia.

Em 17 de fevereiro de 2017 13:20, Bela Megale escreveu

:Ola, tudo bem?Tivemos a informação de que o Alexandrino Alencar, delator da Odebrecht, disse em acordo com a Lava jato que a empresa pagou um orientador de carreira, uma espécie de coach, para ajudar Luis Claudio Lula da Silva na sua carreira no marketing esportivo e na implementação do campeonato Touchdown.Também temos a informação de que o pedido foi feito por um interlocutor do ex-presidente Lula.Gostaria de saber se o fato aconteceu e se Luis Claudio, Lula ou a defesa deles gostaria de comentar o assunto.Poderia nos dar uma resposta até as 19h?Obrigada.
BelaEm 17 de fev de 2017, às 14:04, Ass. de Imprensa 

– Instituto Lula escreveu:Caros,Imagino que seja para a manchete de domingo.

 Sempre é bom receber esses contatos na sexta, é bom saber que mantemos alguma relevância.Esse interlocutor tem nome?Atenciosamente,Em 17 de fevereiro de 2017 14:12, Bela Megale escreveu:Ola,Não vamos abordar o nome do interlocutor na matéria.Em 17 de fev de 2017, às 14:24, Ass. de Imprensa – escreveu:Vocês não sabem o nome do interlocutor, ou sabem e não vão dar? Sabem dizer o ano do ocorrido, ou isso também não será abordado na matéria?abraço,

José Chrispinian Em 17 de fevereiro de 2017 14:34, 

Bela Megale escreveu:, não iremos citar o nome e o ano. Pode passar o contato da assessoria do luis Claudio?

17 de fevereiro de 2017 15:17

De: Ass. de Imprensa – Instituto Lula
Enviado: sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017 15:17
Para: Bela Megale
Cc: Walter Henrique Nunes
Assunto: Re: Questão matéria luis Claudio

Caros

segue a resposta da assessoria do ex-presidente:

A pergunta, e pelo que você me diz também a matéria, baseiam-se em suposta delação para obtenção de benefícios judicias que deveria estar sob sigilo, sem apresentar transcrição, documento, contexto, época do ocorrido ou qualquer informação básica que permita até compreender o que está sendo perguntado. Não vamos comentar supostas informações incompletas baseadas em supostos documentos fora de contexto que estariam sob sigilo judicial.

Em 17/02/2017, às 20:23, Bela Megale escreveu:

Chrispiniano,

Desculpe, mas tivemos a correção de uma informação há poucos instantes. O pedido da contratação do orientador profissional teria partido do próprio ex-presidente Lula.

Esse dado constará na matéria. Se quiser enviar alguma resposta sobre o fato, pode encaminhar até sábado, amanhã às 11h, ou hoje até qualquer hora.

Obrigada

Bela Megale
Folha de S. Paulo

Em 17 de fev de 2017, às 20:28, Ass. de Imprensa – escreveu:

Mantenho a nota, ainda mais porque a história vai assim mudando conforme avança o dia.

Você tem documento sobre o assunto, que comprove essa líquida apuração?

Atenciosamente,

Jose

Em 17/02/2017, às 21:29, Bela Megale escreveu:

Olá, não abrimos os documentos que tivemos acesso. Obrigada.
{Conceição Lemes/ Viomundo}

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