Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O coração tem razões que a própria razão desconhece


Tratado pelo Diário do Pará como evento créme de la créme do republicanismo parauara, a caminhada mosqueirense feita por Helder Barbalho, Jader Barbalho e Zenaldo Coutinho tem incontornáveis traços políticos visando o futuro.

Ciente que o golpista temerário corre o risco de ter vida longa no Planalto, e que seus porta-vozes por aqui são os pemedebistas, Zenaldo trata de apadrinhar sua pífia administração com os ex-adversários a fim de não encerrar a carreira política como seu antecessor.

É verdade que o eleitorado daquele distrito mal elegeria um vereador, todavia, a recuperação daquele potencial polo turístico tem tudo pra encantar a enorme população flutuante que frequenta o lugar, daí combater a erosão daquelas praias é tiro certo na perspectiva de atrair eleitores.

Além disso, os candidatos à simpatia de Simão para sucede-lo são outros que não o alcaide belenense, logo, isto pode ter gerado ciumeira em Zenaldo, seguida do descompromisso com qualquer um dos escolhidos, vale dizer, com o próprio partido.

Assim, depois de adentrar no até então inexpugnável reduto tucano da Federação das Indústrias do Pará, Helder, com essa aproximação, pode estar conquistando uma parte do eleitorado da capital, este historicamente refratário ao Barbalhismo, sabidamente um dos nichos responsáveis pela derrota do filho do Jader, em 2014.

Em outros tempos, isto seria visto como a mágica que a política costuma fazer ao alar bovinos às vistas perplexas da população. No entanto, diante da simpatia quase amor que move PMDB e PSDB na condução da gestão golpista de agora, nada mais natural que essa exibição de xodó inesperado.

Concorre pra isso a longa e volúvel trajetória zenaldista, que começou a vida política como jarbista, isto é, seguidor do coronel Passarinho; depois, deu guinada de 180º e abrigou-se no nicho do desafeto jarbista, Alacid Nunes; deu ainda alguns voos rasantes em outros nichos, até atirar-se nos braços da privataria simão/almirista, onde dava a entender que iria até à aposentadoria. Dava.  

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