Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Amor, eterno amor


Essa aparentemente surpreendente parceria entre o ministro Helder Barbalho e o governador paulista Geraldo Alckmin pode dar o tom da aproximação do ministro com o PSDB paraense, frisson causado semana passada quando Helder e o prefeito de Belém firmaram parceria a fim de conter a erosão na orla do Distrito do Mosqueiro.

Alckmin cedeu o maquinário e Helder chamou pra si a responsabilidade de concluir os 5% restantes das obras de transposição do rio São Francisco para o sertão nordestino, depois que Sérgio Moro inviabilizou a conclusão no prazo anterior ao dizimar esse e outros canteiros centrais espalhados pelo país, em nome do milenarismo vulgar que orienta seu comportamento.

Hoje a manchete do Diário do Pará, jornal da família Barbalho, anuncia que o estado passará a receber mensalmente as parcelas do Fundeb, sendo que os 215 milhões referentes a fevereiro já estão na conta do governo do estado, clara manifestação de boa vontade para com o aparente adversário.

Não esquecer que o PMDB foi aliado fundamental de Jatene em 2011 para que este derrotasse o PT, fazendo oposição ferrenha ao governo de Ana Júlia, sendo Helder um dos mais furibundos anti petistas daquele período. Deve ainda estar na memória dos paraenses o episódio da desapropriação da inútil granja do Icuí, arremedo de residência oficial, pela então governadora Ana Júlia que pretendia ceder o espaço para que lá se fizesse um conjunto habitacional do programa 'Minha Casa, Minha Vida'.

Helder fez disso factoide para firmar sua oposição à decisão governamental e tentou impor ali um espaço da Universidade Federal do Pará, algo que até hoje, quase sete anos passados, não saiu do papel até mesmo porque é de viabilidade duvidosa.

Não esquecer, ainda, que Helder levou uma surra retumbante de Simão Jatene em Ananindeua, muito em função de sua pífia gestão de oito anos a frente da prefeitura daquele município, recalque que talvez explique a reaproximação entre pemedebistas e tucanos paraenses na falta de algo melhor pra apresentar.

Resta saber como os donos do Grupo Liberal, mentores do primeiro desenlace, veem esse reatamento do relacionamento. Assim como Simão, que pegou o rumo das oropa e não se fez presente na bucólica caminhada que tanto está dando o que falar.

Nenhum comentário: