Se ainda não fizeram, devem imediatamente as direções do PT e do PCdoB proibir que seus parlamentares participem das eleições pra escolha do novo presidente da Câmara Federal, caso estejam apenas candidatos ligados ao golpe jurídico/midiático/parlamentar que apeou do poder uma presidenta eleita legitimamente.
Em períodos de normalidade democrática, pode-se até aceitar uma escolha polêmica, porém, diante da gravidade da situação, é intolerável que parlamentares de esquerda legitimem quaisquer candidaturas espúrias, evidentemente surgidas de um processo espúrio.
Rodrigo Maia, o favorito dos assaltantes do governo, até aqui foi o presidente-tampão depois que Eduardo Cunha perdeu a serventia e foi parar atrás das grades; Jovair Arantes é cunhista de quatro costados e foi peça importante na cabala de votos pra consumação do golpe e Rosso é um dos capos do centrão, logo, os três estão chafurdando na lama em que mergulharam o país.
Diante disso, qualquer tentativa de coonestar esse processo indecente significará colaboracionismo com o golpe fortalecendo-o e contribuindo para sua hegemonia no comando legislativo, em troca de migalhas.
Por isso, em respeito às respectivas militâncias dos dois partidos, que as direções de ambas as legendas cortem logo o mal pela raiz. É o que se espera.
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