Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Os apuros da lorotocracia


Dada a largada à sucessão de Zenaldo Jr, nada de grandes surpresas diante daquilo que já vinha se desenhando há meses. Talvez, o fato mais relevante tenha sido o entendimento do PSOL da necessidade de jogar o jogo eleitoral dentro daquilo que a 'real politik' exige, bem distante daqueles arroubos puristas embalados por discursos tão inflamados quanto inúteis.

Pode ser que aí resida a explicação do porquê Edmilson Rodrigues tenha conseguido reunir mais legendas ao seu redor do que o candidato pemedebista, este até aqui contando apenas com o PHS e PRB; enquanto o PSOL conta com o apoio do PDT, PV e PPL. Só lembrando que o candidato psolista deve ter o triplo das intenções de votos do candidato barbálhico.

Quanto ao atual alcaide e recandidato tucano, congrega uma coligação de 14 legendas, muitas delas evidentemente necessitadas de um salva-vidas em forma de patrocínio que viabilize as candidaturas proporcionais dessas legendas. Ou seja, querem receber muito mais do que podem dar à candidatura problemática de Zenaldo, cuja vitrine é uma administração pífia e pessimamente avaliada, só não sendo carta fora do baralho em razão das máquinas da PMB e governo do estado, colocadas à disposição desse malsinado projeto.

Há,ainda, a candidatura do deputado representante paraense na famigerada 'Bancada da Bala', até aqui vice-líder nas pesquisas, mas dando pinta de se auto desidratar favor, provavelmente em troca de favores, do candidato tucano, tanto que a candidata com mais apeal na legenda balística é uma zenaldista/ fundamentalista, apesar de ter chegado à Câmara Municipal pela legenda do PSOL.

Por fim, as candidaturas de PT e PCdo B constituem-se duas incógnitas e dosi desafios. A primeira, da ex-deputada Regina Barata com o papel de resgatar ao menos o eleitorado cativo da legenda de Lula, sempre na faixa dos 15%, mas, que, na eleição de 2012, mal chegou a irrisórios 3%. Se Regina, que é um nome leve por não aparentar ter rejeição que vá além da legenda, atingir uns 8 a 10%, já terá feito bastante.

Quanto ao candidato comunista, se aparecer como alternativa democrático/popular contrapondo-se ao modelo populista/autoritário do atual alcaide, terá grandes chances de atingir uns 3% a ao menos contribuir para que a bancada do partido fique, no mínimo, do tamanho atual.

No frigir dos ovos, tudo indica que teremos um segundo turno disputado entre Edmilson e Zenaldo. Por mais que a máquina pemedebista se esforce, é nítida a rejeição à legenda de Helder, conforme atestaram as eleições de 2014, quando a capital foi decisiva na derrota da legenda.

Como o deputado/delegado terá as limitações citadas anteriormente, então, é quase certa uma revanche do embate travado em 2012. A fim de que o resultado seja diferente daquele, é fundamental que as candidaturas de PT e PCdoB tenham desempenho dentro do previsto. Assim como é necessário que Maneschy alcance ao menos a votação conseguida anteriormente pelo hoje dissidente José Priante, caso contrário corremos sério risco de outorga mais um mandato ao embusteiro dos três esses.    




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