Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 14 de agosto de 2016

Mauro Bonna e os donos de supermercados seriam contra a adesão do Pará à independência

O colunista Mauro Bonna insiste na sandice de criminalizar o sindicato dos empregados no comércio pelo horário restrito de funcionamento dos supermercados aos domingos, na região Metropolitana de Belém(PA). Talvez o faça movido pelas relações estreitas que mantém com o patronato, a julgar pelas dezenas de notas a respeito do setor.

Com efeito, seu juízo de valor a respeito do assunto é contaminado de parcialidade e alheio aos fatos concretos. Ao contrário, posso afirmar que a ambição desmedida por lucro é o fator determinante para que o nosso estado seja o único do Brasil onde os supermercados trabalham em horário restrito aos domingos.

Posso citar dois exemplos que frequentemente presencio na cidade de São Paulo, para onde vou pelo menos uma vez por ano e observo a relação profissional que é mantida entre patrões e empregados do comércio, mantida em padrões minimamente decentes, ao contrário de nossa realidade.

Trata-se de um supermercado de médio porte, no bairro do Butantan, que funciona de domingo a domingo, das 7hs às 22hs. Se você for pela manhã, lá está uma turma cumprindo sua jornada normal de trabalho, o mesmo ocorrendo com a turma que assume o turno da tarde, assim como o da noite. E nesses anos todos,nunca tive notícia de levante por conta da exploração advinda de eventual índole escravocrata.

Mais flagrante da deplorável mesquinharia do patronato cá de Belém é o caso de uma padaria situada no caminho da USP, no mesmo bairro, também funcionando de domingo a domingo, das 6:30hs às 22hs. Lá, também, você vai pela manhã e se depara com uma turma. A partir das 13hs, lá está a turma que vai até o final do expediente. Ou seja, um comércio de pequeno porte, que gera uns 25, 30 empregos, presta um serviço fundamental para os moradores das imediações, daí dar exemplo.

Aqui, infelizmente, o trabalho é muito e os trabalhadores proporcionalmente poucos para dar conta do dito cujo. Por isso, considerar que um acréscimo de 15% nos salários dos trabalhadores, uma espécie de 'hora-extra', é proposta estapafúrdia do sindicato da categoria, é compactuar com essa situação de flagrante exploração da mão de obra, a propósito, dando a impressão de ser pré adesão à independência e a qualquer marco civilizatório. Uma pena!

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