Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 6 de agosto de 2016

Golpismo e gangsterismo

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Foto/ 247
Enquanto o documento acanalhado do Ministério Público Federal garante ter elementos suficientes para provar que Lula "participou ativamente do esquema criminoso da Petrobras", conforme matéria d'O Globo, mas não sai das generalidades e suposições na acusação meliante, do tipo "o triplex em nome da construtora é uma dissimulação, ou "foi Lula quem indicou Paulo Roberto Costa e Renato Duque para a diretoria da Petrobras, duas vigarices acusatórias já que o Cartório de registro de Imóveis comprova a quem pertence o tal triplex, bem como os citados diretores já faziam parte dos quadros da empresa no governo FHC, a delação de Marcelo Odebrecht contra o usurpador temerário é direta, sem tergiversações ou suposições infames.

Talvez por isso a trupe do abafa, vulgo Operação Lava Jato, relutou tanto em permitir que Marcelo falasse. Especificamente, em relação ao vil traidor Temer, Marcelo revelou que, após uma reunião no Palácio do Jaburu, Temer, como vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, pediu uma ajuda extra ao partido, que foi entregue em dinheiro vivo: nada menos que R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões teriam sido entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino; o restante foi doado ao caixa dois de outros candidatos.

Como se vê, sem achismos, sem informações imprecisas de quem não se deu ao trabalho de checar aquilo que apurava de forma precária porque tinha um objetivo torpe e politiqueiro. Ressalte-se, ainda, que isto foi feito em delação, logo, o executivo deverá mostrar algo que comprove o que diz, caso contrário terá sua delação anulada.

Além disso, imagina-se o quanto a trupe do abafa deve ter protelado ouvir Marcelo na medida em que esse tipo de fala não constava do script traçado antes mesmo da apuração dos fatos. Com efeito, fica cada vez mais claro que o riscar da memória da famigerada investigação os tempos em que tudo começou, no segundo governo FHC, tinha como objetivo não estancar a sangria da nossa maior estatal, mas usar os casos de corrupção lá verificados como linha de ação pra responsabilizar unilateralmente o PT pela ladroagem patrocinada inicialmente pela gangue da privataria.

Pela pressão internacional e da população brasileira, fica cada vez mais difícil o juiz Sérgio Moro promover o mesmo festival de impunidades observado a quando da decisão que tomou a respeito das contas CC-5, do Banestado. Guindado pela mídia  a ícone do justiçamento personalizado, agora terá Moro de prestar contas de seu compromisso com o combate a corrupção.

Não dentro do figurino global que lhe foi imposto, como se fosse um capo de eventual 'tropa de elite', mas desempenhando seu papel de servidor público dentro dos parâmetros que exigem dele um outro tipo de comportamento.

Quanto à dupla Temer/ Padilha, espera-se que tenham chegado ao fim da linha suas respectivas carreiras devotadas ao crime. Não há nada de novidade no que foi revelado, todavia, diante do protagonismo assumido por esses dois gangsters, torna-se imperioso e urgente que o STF retire essa dupla de circulação, antes que o país entre para o anedotário mundial como o país do cinismo. Afinal, se os dois ocupam hoje postos de comando da nação o fazem em nome da moralidade, cujo pontapé inicial foi dado por Eduardo Cunha, que nada fica a dever à citada dupla quando o assunto é banditismo..

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