Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A conivência togada


Em revelação que significou um verdadeiro soco no estômago da hipocrisia togada, o publicitário João Santana afirmou que se fossem incriminar todo mundo que utiliza caixa 2 em campanha a fila iria de Brasilia até Manaus.

Pelo que tem revelado o empreiteiro Marcelo Odebrecht, pelo menos metade dessa fila seria composta por pemedebistas. Essa indiferença com que o Poder Judiciário trata o caso, chegando às raias da cumplicidade omissa, torna-se escandalosamente ilegítimo seu trabalho enquanto o maior protagonista dessa pauta, justamente por conta dessa conduta preconcebida e desdenhosa de fatos graves.

Na verdade, essa postura acaba contribuindo para mais descrédito brasileiro internacionalmente na medida em que os efeitos produzidos por ela, altamente suspeita, mostra-se bastante conveniente com os interesses golpistas, que macularam a democracia tão duramente resgatada outrora e faz com que o mundo veja com extrema desconfiança essa interinidade malsã.

Assim, na parte que lhes cabe nessa conjuntura os guardiões da lei e de seu cumprimento vão dando tristes exemplos de tolerância com quem vive à margem do ordume jurídico pátrio, além de preparar o país para viver perigosamente sob o império da contestação, pois só assim será possível fazer com que não usurpem conquistas sociais consagradas em nossa legislação recorrentemente vilipendiada e ameaçada.

Como isso terminará é difícil prever. Mas é patente que só terá bom termo caso seja restabelecido o império da vontade popular, independente de como se restabeleça. O certo é que não pode durar muito, melhor seria que nem tivesse se estabelecido, esse período de foras-da-lei que tomaram o poder de assalto em nome de algo que nunca prezaram: conduta ilibada enquanto gestores da coisa pública. Aliás, sempre se caracterizaram por ser o oposto do que pregam, daí a perplexidade diante da conivência do Poder togado.

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