Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O "democrata" Maia e os incautos


A eleição de Rodrigo Maia, para completar o mandato do larápio Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal, é o eugenismo do golpe. Se a unção de Cunha e sua quadrilha de cerca de 200 bandidos significou o afastamento da presidenta eleita do comando da pauta política do país, até a admissibilidade do seu impedimento; com Maia, teremos um bom moço à disposição do golpismo em eventuais substituições protocolares.

Curioso é ver como parlamentares de partidos do campo da esquerda aderiram bovinamente à retórica do mal menor e embarcaram na canoa furada do melhoramento genético desse monstrengo em forma de interinidade, ajudando com seus votos a maquiá-lo, ludibriando a opinião pública.

Cumpridos todos os ritos, agora a reação tem alguém com credibilidade atestada até por setores da esquerda pra tocar a pauta que ofende direitos, tunga conquistas sociais e consolida a traição à vontade do eleitor que escolheu outro caminho.

Aos incautos e aparentemente bem intencionados restará a frustração de ver que Rosso e Maia são faces da mesma moeda de troca que os usurpadores dispuseram através de encenada disputa pra seguir o script traçado. E então verão que o tal 'centrão' é bem maior do que parecia naquela disputa farsesca de ontem.

Ele abrange vencedores e vencidos, desde que contemplados todos na hora da divisão do butim disponibilizado pra enfrentar a disputa. Afinal, há apetites e apetites a serem saciados no banquete comemorativo de mais essa etapa vencida pelo golpismo, nunca é demais ratificar, com a ajuda do esquerdismo que se julga democrático e minimiza seu papel de colaboracionistas do golpismo.

Assim, o baixo clero continuará baixo clero, como os formadores de opinião continuarão a serem tratados dessa forma. Na prática, uns, os intermediários entre alguns desses apetites e os cofres públicos; outros,apenas os beneficiários dessas transações, razão de ser do parlamentarismo à brasileira, tanto que já há quem queira perpetuá-lo, enquanto forma de governo a ser adotado.

É a elite sublimando sua concepção de democracia, ao voltar a definir que papel cabe ao povo representar, sempre ficando claro que esse protagonismo popular deve retroceder a antes do que ocorreu até 2002, a fim de que se ponha termo aos riscos inerentes aos 'excessos'. Lamentável!




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