Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 30 de julho de 2016

A disputa no covil da privataria


Segundo a mídia viralata, Serra sonha em expurgar Alckmin para ir curtir sua candidatura presidencial lá pra tonga da mironga do PSB, além de torcer pra que o Código Penal que Aécio carrega às costas o faça desistir de tentar novamente ser presidente do país.

Então, acumpliciado com Temer, este inelegível mas exercendo um mandato usurpado e dentro do figurino mais rapace que se imagina, o vampiro privata vislumbra um cenário róseo que satisfaça sua obsessão.

No entanto, entre o sonho serrista e a realidade há um fosso profundo. Por mais que a quadrilha temerária esteja empenhada no salvamento do mentor financeiro dessa aventura, Eduardo Cunha, sem o qual fica difícil a missão, é notório que o PMDB reagirá, tornando um inferno a versão golpista do que foi o assalto tucano ao governo Itamar uma impossibilidade.

Por mais que o PSB de hoje tenha atirado ao lixo da história tudo aquilo que foi construído por Miguel Arraes, Francisco Julião, Roberto Amaral e muitos outros baluartes da luta pela democracia e justiça social, optando por ser legenda de aluguel, por qualquer dinheiro, a qualquer aventureiro que apareça, é menos provável a migração de Alckmin do que a de Serra para o PMDB.

Com a segunda maior máquina pública do país nas mãos e uma bancada parlamentar considerável, nada indica que desista de brigar pela indicação do seu partido à disputa pela sucessão de Dilma Rousseff.

Bem ao contrário de Serra, cujo aliado migrou para o PSD de Kassab assim que foi derrotado na disputa pela indicação do candidatura tucano à prefeitura paulistana. Aliás, Serra dá a impressão que só não se atira nos braços pemedebistas por sentir que há lá bastante rejeição ao seu charme lúgubre.

Enfim, o PSDB tem três caciques que não abrem mão de se auto impor como candidatos à presidência da República pelo campo da direita. Dois deles, todavia, estão tão dispostos a encarar a aventura que até poderão, ou deverão, trair suas convicções tucanas. Para isso, demonstram mais apreço ao que o dinheiro público pode fazer por suas aventuras, do que convicção político/ideológica que os mova no rumo de um debate de ideias.

Mais do mesmo, apesar da vassalagem midiática pintá-los como lideranças hígidas, podem também estar sendo vítimas dessa ambição desmedida, indo em sentido oposto, mais precisamente no rumo da lata do lixo da história, no final colhendo o que plantaram em suas respectivas trajetórias, marcadas por empulhação, negociatas, práticas viciadas diversas e tudo o mais que causa asco ao eleitor.

Por enquanto, ainda é possível crer na eficácia da maquiagem midiática. Porém, diante do avanço das redes sociais e seu engajamento no desnudamento dessas farsas é possível que haja surpresas e a população livre-se definitivamente desse tipo de sacripanta, para a felicidade geral da nação.

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