Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Técnico novo e velhos problemas


Dunga não é mais técnico da seleção brasileira, nem Gilmar Rinaldi seu aspone. Dirigentes da CBF estão convidando Tite para assumir o posto, mas o ainda técnico corintiano faz algumas exigências para aceitar assumir este que é o cargo mais fiscalizado do Brasil.

Independente do futuro técnico, tudo mais continuará como antes. O atual presidente da CBF impossibilitado de exercer o cargo por encontrar-se em prisão domiciliar nos EUA; o vice exercer sua interinidade apenas em território nacional, sabedor de que se ultrapassar nossas fronteiras terá o mesmo destino de seu titular; internacionalmente, o presidente da CBF continua sendo um coronel obscuro e típico personagem da literatura de Gabriel Garcia Marquez, notabilizado por receber dinheiro público como perseguido pela ditadura instalada em 1964, quando, na verdade, era seu colaborador.

Essa mesma CBF continuará sob o domínio rapace da famigerada rede Globo de Televisão, proprietária da maioria dos negócios escusos em nome daquela entidade, embora não seja incomodada, nem pela justiça brasileira e muito menos pelo parlamento, que abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito a fim de apurar malfeitos cometidos naquela entidade, mas brecou seus trabalhos, tudo leva crer, porque chegou perto dos intocáveis nativos.

Continuaremos, então, vendo a seleção atender os interesses de seus patrocinadores na hora da convocação; o Campeonato Brasileiro atendendo prioritariamente os interesses da tevê, em vez dos clubes; uma gestão nos mesmos moldes da quadrilha instalada na FIFA. Nesse quadro, obviamente que o competente Tite não fará milagres, nem uma seleção digna desse nome será capaz de fazer, mercê de um calendário voltado aos apelos comerciais dos donos do nosso futebol e totalmente dessintonizado do calendário do resto do mundo, onde atua a maioria dos nossos jogadores.

Tite, ou quem venha ser o novo treinador, virá e irá como outros tantos vieram e foram. Enquanto não for removido o entulho autoritário, presença fortíssima na administração do futebol brasileiro e resumido na célebre frase daqueles tempos sombrios, onde a ARENA(partido de sustentação dos golpistas de 1964) vai mal, um clube no Campeonato Nacional. Chegaram a quase uma centena de clubes, não resolveram o crônico problema da rejeição popular, mas deformaram completamente a gestão do principal esporte do país. Até quando?

Um comentário:

leonardo disse...

Mas o pior é ver o comportamento da imprensa de São Paulo sobre isso. uma molecagem da pior espécie. nem os meninos de hoje são tão moleques irresponsáveis quanto esses caras. a imprensa brasileira também tem muita culpa nesse cartório. mas o brasileiro endeusa essa gente. se merecem!