Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 14 de junho de 2016

PT presta solidariedade a famílias de vítimas do massacre nos EUA


 Diversas pessoas fazem uma vigília na Avenida Paulista em homenagem aos mortos no massacre da boate Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos (Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil)


É responsabilidade de todos e todas lutarem para que mecanismos institucionais que criminalizem a violência e preconceito contra LGBTs


Vivemos tempos terríveis, nos quais a diferença é vista como algo pernicioso, ruim, doente. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais são, cada vez mais, massacrados por ousar amar.

A ironia é que no dia dedicado aos amantes, no espectro mais diverso, aqui no Brasil, assistamos atônitos a efetivação da tragédia norte-americana.

O preconceito, a intolerância, a violência e a morte acompanham cotidianamente todas as Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

Uma intolerância que nega a possibilidade que cada uma e cada um seja a livre expressão de sua própria identidade de gênero.

Não podemos assistir indiferentes a institucionalização da violência, do preconceito, do ódio que se materializa em maus tratos e morte.

O Partido dos Trabalhadores vem a público externar sua solidariedade às famílias das vítimas do massacre de Orlando, Florida. Nenhum argumento poderá ser utilizado como justificativa para tamanha barbárie.

O Partido dos Trabalhadores nasceu das diferentes lutas sociais, cujas bandeiras históricas não podem permanecer adormecidas ou escondidas na burocracia institucional.

Esse massacre expressa o quanto a sociedade está distante da paz social. Não se pode esquecer que a situação brasileira não é melhor, pois o Brasil é o 2º país que mais mata LGBT no mundo.

É responsabilidade de todos e todas lutarem para que mecanismos institucionais que criminalizem a violência e preconceito contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais sejam aprovados e postos em prática.

Somente a atuação conjunta entre executivo, legislativo e judiciário poderão conter a barbárie que vivenciamos em nossos dias.

Não é mais possível buscar conciliação com setores conservadores e fundamentalistas, o resultado já conhecemos bem: o extermínio de tudo o que possa incomodar ou ferir os padrões previamente estabelecidos.

A alteridade, na visão fundamentalista e extremista, é assimilada como algo pernicioso e danoso que precisa ser combatido e, mais, eliminada da sociedade.

A indignação não deve paralisar a luta por igualdade, ao contrário, deve fortalecer os vínculos dos diferentes movimentos sociais LGBT com a sociedade.

Essas vozes não poderão ser silenciadas sob pena de incorrermos no maior retrocesso civilizatório da história brasileira.

Por isso mesmo, o PT seguirá lutando contra toda forma de preconceito, discriminação, violência, ainda que alguns considerem questão delicada e polêmica.

Nossa história não pode ser esquecida.

O Partido dos Trabalhadores surgiu da construção coletiva entre diferentes estratos sociais.

Muito sangue foi derramado pela ignorância, pelo medo e pela covardia. Nosso povo é acolhedor, alegre, solidário.

Devemos honrar aquelas e aqueles que tombaram no intuito de construir uma sociedade digna, fraterna.

As mortes de todos os LGBT não serão perdidas enquanto tivermos a coragem de elevar nossa voz e gritar pelo fim da violência, do ódio, do preconceito.

Nossa missão é agora, mais do que nunca, vencer a intolerância e garantir que barbáries como essa jamais se repitam, pois essa ação lembra-nos que estamos muito distantes da isonomia tão sonhada pelos LGBT no Brasil e no mundo.
(Azilton Ferreira Viana-  membro da coordenação Nacional do setorial LGBT do PT e mestrando em Ciência da Informação PPGCI/UFMG/ Agência PT de Notícias)

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