Segundo a boataria que corre os quatro cantos do país, se Eduardo Cunha for preso já disse que levará junto 150 deputados, um senador e um ministro, neste caso se ainda houver um ministro do golpismo ainda solto.
Já a delação da Odebrecht está prometendo levar 13 governadores e cem parlamentares, entre deputados e senadores. Conclui-se,então, que, mesmo que as duas listas tenham nomes repetidos,veremos a maior investidura de sem votos ao exercício de mandato legislativo de nossa história, coisa que nem o famigerado 'Pacote de Abril', editado pelo ditador Ernesto Geisel a fim de manter a ditadura com maioria parlamentar no Congresso, havia conseguido.
E vejam como a história é escrita de forma a pregar peças naqueles que creem ser a evolução da humanidade feita em linha reta que leva da crença estúpida ao cinismo fatal. Havia de isso ocorrer(caso, de fato, ocorra) sob a égide de um usurpador, que exerce o mandato como se tivesse sido aclamado pela multidão quando, é sabido por todos, sua 'simpatia' não lhe garantiria ser competitivo em uma descontraída disputa na quadra de festas juninas.
Mais do que a expectativa que possa gerar esse tsunami moralizador que ameaça varrer o Congresso Nacional, chamam a atenção esses números pelo poder que têm de deslocar centenas de nomes ainda postos nos noticiários mais nobres da mídia, para aquele tipo de noticiário conhecido como retrato de um mundo cão.
Bastaria um pouco de boa vontade dos responsáveis(?) pela informação midiática. Assim, em vez de nos depararmos com frivolidades do tipo "o Palácio passou a tecer loas à lealdade e ao sacrifício de Henrique", fosse no popular e disparasse, 'o chefe da quadrilha, ressabiado com a inabilidade de seu comparsa, agora flagrado com a mão na massa, recomendou: pega o pego que pintou sujeira!'
Devidamente fatiadas, essas centenas de ocorrências, dariam material de trabalho à crônica policial por um bom punhado de anos. E ainda vem mais!
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