Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Encontro de movimentos populares com Papa começa com ações contra o golpe

Cerca de 300 pessoas participam das atividades / Lidyane Ponciano


O primeiro dia do “Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em Diálogo com o Papa”, que ocorre até sábado (4) em Mariana, contou com discussões, atividades culturais, depoimentos e gritos de luta. Na quinta (2), cerca de 300 participantes foram recebidos com uma mesa de abertura que relembrou o rompimento da barragem, de responsabilidade da Samarco/Vale/BHP, em Bento Rodrigues, que destruiu o Rio Doce e afetou diretamente diversas comunidades.

“Não há foto que explique esse crime. Nossa luta também é contra o esquecimento. Aqui não foi um evento, não foi um acidente, não foi uma tragédia, foi um crime de uma empresa que explora o nosso povo, a nossa terra e as nossas águas”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT).

Terra para quem nela trabalha

Um dos eixos temáticos do Encontro é a luta pela terra e a resistência dos movimentos camponeses. Rosângela Piovezani, participante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), lembrou que 51% dos estabelecimentos rurais são, hoje, do agronegócio, enquanto apenas 11% pertencem à reforma agrária. “São os camponeses do país que mantém mais de 70% da produção de alimentos do Brasil e convivemos com uma ameaça real ao nosso território, além disso, somente 3% das unidades de pequena produção está no nome das mulheres”, reiterou.

Movimentos contra o golpe
João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) apontou para a tarefa principal dos movimentos populares na defesa da democracia, que é manter a unidade, fazer trabalho de base e organizar manifestações massivas contra o governo ilegítimo de Michel Temer.

No entanto, ele ressaltou o esgotamento do atual modelo econômico mundial, o que aponta para a necessidade de se criar um novo projeto de Brasil. “Esse capitalismo está em crise porque é dominado hoje por apenas 1% de milionários que são donos dos bancos e das grandes corporações, no Brasil isso representa apenas 76 mil pessoas milionárias”, explica Stédile.

Programação


Até sábado (4), o Encontro possui uma programação repleta de mesas de discussão, atividades culturais e apresentações artísticas. Outros eixos temáticos que serão abordados são trabalho, moradia e reforma política.

(Brasil de Fato)

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