Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 26 de junho de 2016

Em se dando, tudo plantam


O editorial do panfleto tucano/liberal tentou ser a carta de Pero Vaz Caminha, mas ficou a cara dos votos/exaltação daqueles comparsas de Eduardo Cunha que louvaram a (h)onestidade de pai e marido como justificativa pseudo moralizadora do impeachment e viram em seguida seus paradigmas de (h)onradez atrás das grades.

Não se está, obviamente, afirmando que há cheiro de trambique no ar, mas que o ufanismo tucano/liberal carrega nas tintas do ôba ôba irresponsável, desvirtuando o papel jornalístico, bem como o rigor com os dados que deve nortear a conduta de quem tem o dever de informar, e não a doce tarefa de falsear a troco, se é que se pode chamar de "troco" aquilo que move essa propaganda travestida de jornalismo.

Com efeito, se pegarmos os dados da balança comercial do Pará constataremos que continuamos sendo dependentes da venda de minério de ferro em mais de 80% de suas divisas, ainda que o preço dessa commoddity tenha despencado e a Vale venha amargando prejuízos até maiores que os da Petrobras, embora a privataria midiática oculte esse dado, pelos motivos que o levam a exaltar a esquadra tucano/cabralina.

Da mesma forma, polpa de açaí já bamburra em vendas para fora do estado há pelo menos uma década, só que a um preço irrisório e incapaz de pesar em nossa balança comercial, o mesmo valendo para a exportação do limão, incapaz de fazer uma limonada que mate a sede da nossa incipiente economia.

Faça-se, igualmente referência a inauguração da fábrica de cimento da Votorantim, este um empreendimento digno de gerar alguma esperança, apesar de vivermos um período em que a construção civil sofre grave crise, principalmente depois que a lava jato desferiu golpe mortal no setor.

Assim, resta apenas a propaganda enganosa e escandalosa na medida em que não tem vergonha nem pede segredo à exaltação que faz do partido querido, daí a loa à medida do alcaide belenense em congelar a tarifa do transporte coletivo, tratada como gesto de grandeza, silenciando que nos três anos anteriores sempre houve reajuste bem acima da inflação a ponto de tirar da capital paraense o título de tarifa mais barata dentre as praticadas em todas as capitais do país, permitindo essa folga em forma de congelamento no ano eleitoral.

Definitivamente, o rato parido dessa montanha, ou seria monturo, não proporcionará ao povo paraense compartilhar tanto orgulho, exatamente porque o que foi 'plantado' não dá bons frutos para todos, apenas para aqueles que têm como oferecer algo em troca. Aos demais(população em geral) nem as batatas, já que, infelizmente, essas não constam da pauta ufanista do papelucho festeiro.

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