Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

É meu, é meu, é meu...


É sabido por todos que FHC desrespeitou, durante seus dois mandatos, a vontade dos procuradores da República, nomeando sempre o menos votado da lista enviada pela PGE ao presidente. Aquele que entrou para a história carregando a triste alcunha de 'engavetador geral da república' porque deixou de apurar o rosário de falcatruas da privataria tucana, origem de tudo aquilo que hoje os fascistóides da Lava-Jato tentam mostrar que só começaram em 2003.

Aliás, cá no Pará, a prática do desrespeito à vontade dos segmentos constitucionalmente sujeitos ao envio para sanção do chefe do Poder Executivo sempre foi marca registrada de governo. O mais rumoroso caso ocorreu quando o professor Mario Cardoso foi escolhido pela comunidade da Universidade do Estado do Pará como o preferido ao cargo da reitoria. No entanto, na hora da nomeação, o então governador Almir Gabriel ignorou essa vontade e nomeou sua serviçal Izabel Amazonas.

Por isso, nesses dias em que o governador Simão Jatene provoca perplexidade nos defensores públicos estaduais, ao virar de ponta cabeça a lista tríplice que lhe foi enviada nomeando a menos votada da referida lista, talvez, o que mais chame a atenção é o pragmatismo patrimonialista da infame nomeação.

Com efeito, fica a sensação que a escolha ocorreu por conta de negócios em família. Ou seja, aquilo que leva governantes decentes e civilizados a usar como critério de NÃO escolha, em Simão passa como a mais natural apologia do uso da coisa pública como se propriedade de entourages fosse. A tal justificativa republicana aquele ordenador escrotal de alcunha planaltina inventa, no domingo, nas páginas do papelucho fundado por Mêmolo Bocanera. Triste!

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