Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 14 de junho de 2016

A canalhice de Sérgio Moro...e de Gilmar Mendes


Em um sistema jurídico tratado com mais seriedade,seria gravíssima a situação funcional do parcial, suspeito e arbitrário juiz Sérgio Moro, após o ministro do STF, Teori Zavascki considerar sua gravação da conversa entre o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma precoce e equivocada que adiantou juízo de validade das interceptações colhidas sem abrigo judicial, quando já havia determinação de interrupção das escutas". Esta, a determinação da interrupção das escutas, um adendo a agravar ainda mais a conduta abusiva de suas prerrogativas de juiz, bem como ofensivas ao estado de direito na medida em que "usurpou a competência do Supremo ao fazer juízo de valor sobre as gravações", ainda, segundo o ministro Teori.

Não menos reveladora de parcialidade, arbitrariedade e criminoso partidarismo foi também a atitude do ministro Gilmar Mendes. Este, imaginando que tudo resolve emitindo através de sofismas típicos de um rábula, posições pessoais e politiqueiras, deu guarida ao ato lesivo ao direito cometido por Moro.

Com efeito, mais uma vez, ficou comprovado o viès partidário da dupla Mendes e Moro, já bastante evidenciada em ocasiões anteriores. No caso de Gilmar, durante aquele torpe voto em separado, depois de um ano sentado sobre ADI assinada pela OAB e já decidida pela maioria dos ministros, quando levantou uma tese tão irresponsável quanto bandalha ao acusar o PT de apoderar-se das empresas estatais para montar aquilo que torpemente chamou de 'cleptocracia'. Ressalte-se, omitindo criminosamente tudo aquilo que está registrado nos livros 'Privataria Tucana'; 'O Príncipe da Privataria'; 'Operação Banqueiro', entre outros lançamentos recentes, mostrando documentadamente toda a movimentação do staff de FHC engendrando um sistema de roubo do dinheiro público, principalmente através das privatizações de muitas das estatais vendidas, sem que Gilmar tenha feito qualquer referência ao fato,certamente de seu conhecimento na medida em que foi Advogado Geral da União à época, o que deu o tom suspeitíssimo ao seu tresloucado voto.

Quanto ao juiz Moro,fora os constantes delitos cometidos com o vazamento de procedimentos sigilosos, pesa contra si aquele sequestro criminoso contra Lula, ao arrepio da lei, da razoabilidade e da decência do cargo que ocupa , pois Lula já havia colaborado com a justiça inúmeras vezes e contra ele nada havia, sequer investigação, que justificasse aquele banditismo travestido de ação legal.

Resta saber o que os atingidos pela sanha justiceira desses dois desvairados togados farão para proteger-se contra novos surtos de autoritarismo inquisidor. O mínimo que se espera é que ambos sejam instados a agir dentro dos parâmetros da decência exigidos de quem ocupa esses cargos. No entanto, diante dos recorrentes arroubos determinadores dessa situação de prática do justiçamento contra os desafetos e recorrente manobra garantidora da impunidade em favor dos amigos, nada disso será modificado caso a mobilização popular não inclua esses dois personagens entre os protagonistas da farsa comandada pelo usurpador Michel Temer.

Certo que cada vez mais o golpismo empurra o povo às ruas a fim de lutar contra a usurpação de conquistas sociais, mas, também, contra a usurpação da democracia, através da cumplicidade criminosa entre os ladrões que estão à frente da manobra golpista, de parte do Poder Judiciário que o legitima e da mídia delinquente que sempre operou contra a democracia.

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