Mauro estava cobrindo a operação. Ele conta que foi pego de surpresa.
“Os policiais mandaram que fôssemos para um canto. De repente, começaram a bater com vontade. Quando vi, acertaram meu rosto”, contou. Ele passa bem. Daqui a pouco, seu relato estará no DCM.
O prédio da entidade responsável pelas Etecs (escolas técnicas do Estado) estava ocupado desde o último dia 28 por alunos que reivindicam o fornecimento de merenda.
Os policiais arrastaram os que tentaram resistir. Houve confusão, mas ninguém foi detido.
Parte dos alunos que deixaram o Paula Souza seguiu em protesto pelas ruas do centro da capital fechando a avenida Tiradentes, onde fica a Etesp (Escola Técnica Estadual de São Paulo). A avenida já foi totalmente liberada.
Quando a Tropa de Choque chegou ao Centro Paula Souza, por volta das 5h, estudantes aguardavam em cadeiras escolares cantando músicas de protesto e palavras de ordem como “De repente chega a PM com a cara de mau, a bomba de gás, de efeito moral”.
O batalhão com homens vestidos com exoesqueletos chegou com ao menos três veículos blindados, além de vários carros.
Antes da reintegração, do lado de fora, estudantes cantaram e dançaram na frente dos policiais.
Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu reverter termos de uma decisão judicial e, dessa forma, os soldados puderam portar armas na desocupação.
A Secretaria de Segurança Pública vinha travando uma batalha com a Justiça. Na segunda feira, dia 2, após ordem do secretário Alexandre de Moraes, a PM entrou no Paula Souza antes da expedição da ordem de reintegração.
Moraes está sendo cotado para a AGU (Advocacia-Geral da União) em um eventual Temer.
(DCM)
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