Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

PMB, inimiga do torcedor.


A respeito do jogo de ontem, entre Paysandu(PA) x Gama(DF), na primeira partida decidindo a Copa Verde, realizado em Belém do Pará, cabe uma palavra a respeito das degradantes condições de mobilidade pra quem se aventurou ir ao estádio Mangueirão. Conheço gente que saiu de casa às 18hs e chegou ao estádio quando o jogo já transcorria. E olha que a distância entre o ponto de partida e a chegada ao estádio fica mais ou menos a uns 30kms; conheço gente que saiu de casa às 19hs e conseguiu entrar apenas no intervalo do jogo, percorrendo uma distância representando a metade da primeira situação que citei, não importa: quase a metade do público que foi ao Mangueirão conseguiu entrar no estádio já com o jogo em andamento.

Entre os prejudicados, uma constatação em comum: a ausência da SEMOB na orientação do trânsito em um trajeto danificado pelo poder público. Ou seja, a prefeitura de Belém destruiu o caminho que leva o torcedor paraense ao local onde extravasa sua paixão, todavia, é incapaz de minorar o sofrimento da população, ao omitir-se organizar minimamente a mobilidade da multidão que percorrerá esse caminho das tormentas.

Nem falemos do mal maior que a PMB fará ao futebol paraense, com a colocação de um terminal do BRT na entrada do estádio contando, ressalte-se, com a cumplicidade do governador, o administrador daquele espaço, uma fatalidade que nos perseguirá agora e futuramente, enquanto durar essa quelônica obra.

Mas é inegável que essa malvadeza cometida pela prefeitura contra o torcedor deve ser referida na medida em que atinge de morte um dos orgulhos do povo paraense: a paixão pelo futebol. Atirar às feras desse estreito curral que leva e traz o torcedor ao estádio, sem que se tenha um plano de deslocamento capaz de reduzir o sofrimento é sintoma de uma administração negligente, omissa e incompetente no trato dos grandes problemas, sempre tratados como fatalidade a fim de mascarar a inoperância.

Com efeito, a ausência do orgão municipal responsável pela eficiência da mobilidade urbana soa como vilipêndio a massacrar o torcedor, miopia de uma administração desastrada que não previu problemas em uma situação bastante conhecida. No próximo sábado, teremos a decisão do campeonato paraense e na semana seguinte o início do Brasileirão, Série B. Vale dizer, a perspectiva de novas situações de grande afluência popular ao Mangueirão. A prefeitura continuará tratando mal o torcedor?

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