Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Dissimulação


E a senadora Marta Suplicy achou um jeito de dissimular sua frustração pelo afastamento de Eduardo Cunha, esse pilar da moralidade pemedebista que tanto a encantou, escrevendo hoje sobre o papel da mãe na sociedade brasileira.

Pena que tenha feito algo indisfarçavelmente tão às pressas que se esqueceu de tocar em um ponto fundamental: a angústia que muitas desas mães suas conterrâneas devem estar sentindo, diante da truculência armada da milícia da Opus Dei contra seus filhos, por sinal, também ávidos por moralidade no trato da coisa pública, daí quererem investigação contra a quadrilha de ladrões de merenda escolar.

Desligar-se da realidade tensa ora vivida pelo país é, com certeza, uma forma de fugir de suas responsabilidades políticas, como se a punição de seu cúmplice não a atingisse, bem como se a violência da gangue da Opus Dei não exigisse de uma senadora pelo estado de São Paulo uma manifestação veemente, ainda mais em se tratando de uma mãe.

Qual nada. Marta refugiou-se nos estúdios da TV Mulher e tratou do tema maternidade nos tempos atuais com a mesma frivolidade dantanho. Foi mais um indicativo que aqueles tempos de militante de esquerda já vão longe,sendo agora a época de celebração do modelo Cunha/Temer de praxis política,onde a hipocrisia é a prova dos nove e seu porto seguro.

Se o artigo de Marta é desnecessário, sua postura é desprezível. Serve apenas como alerta a respeito de eventuais e futuras encenações eleitoreiras, caso a velhaca senadora neo pemedebista esteja pensando em disputar a prefeitura da cidade de São Paulo.

Que fiquem os paulistanos sabendo que nada será como antes, amanhã ou depois de amanhã. Hoje ela anda distante do calor popular e os meios políticos que passou a frequentar seguramente aquele seu antigo eleitorado jamais terá acesso. Que tristeza!

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