Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Assaltantes histéricos


Pauderney Avelino(DEM-AM) classificando a decisão do presidente em exercício da Câmara Federal de anular as sessões que admitiram o impeachment de Dilma naquela Casa de golpe, é, guardadas as devidas proporções, semelhante aos lamentos de Al Capone, no filme Os Intocáveis(de Brian de Palma), quando a justiça de Chicago substitui os jurados(todos subornados por Capone) de seu julgamento abrindo caminho à sua condenação.

É evidente que a dimensão de Avelino é de um coletor furtivo de penosas alheias, pra usar o eufemismo do saudoso humorista Péricles, enquanto o mafioso estadunidense marcou época ao montar um sistema de poder que ousou enfrentar a justiça de um país por décadas. Avelino, na verdade, é um coletor de migalhas, um mero dependente de um sistema de poder que vive de apropriar-se da coisa pública, como se fosse propriedade particular.

Há outros golpistas, muitos outros, indignados com o que chamam de golpe do Vardir(Maranhão). Não levam nem em consideração que, no máximo, seria um golpe dentro do golpe. E olhe lá. Essa malta de golpistas despudorados não consegue sequer disputar pelas vias ditas republicanas a possibilidade de derrubar a decisão do presidente em exercício da Câmara.

Essa encenação toda, muito bem mimetizada pelos facínoras midiáticos, à frente os globais, não passa de pressão psicológica em cima de quem tem o poder institucional de decidir osa rumos da decisão, não menos institucional de Valdir, e mais ainda pressionando artificialmente a população a fim de provocar reação semelhante em favor dos protestos contra a corrupção.

Curiosamente, por conta da percepção coletiva de que o impeachment foi um golpe pra depor uma presidenta honesta, jamais uma ação de combate a corrupção, posto que eram protestos comandados por notórios corruptos, da mesma forma qualquer superprodução global que tente colocar novamente a população contra Dilma tenderá ao mesmo fracasso do golpe do impeachment, bem como significará mais descrédito às gangues midiáticas, Globo à frente, que espetacularizam a situação.

Enquanto isso, o país caminha no rumo da ruína econômica porque setores que deveriam estar produzindo bens e serviços destinados ao consumo da população aproveitam o momento para despejar dinheiro nessa empreitada de aventureiros encrencados com a justiça por cometimento reiterado de malfeitos. Até quando viveremos sob essa desventura? Difícil dizer. Só se sabe que uma casta de políticos rapaces juntou-se a empresários inescrupulosos para tentar assaltar o poder soberano que emana da vontade soberana do povo, mas tudo que conseguiram até aqui foi contribuir pra que o Brasil deixe de ser uma das mais imponentes economias do mundo.

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