E o professor Carlos Maneschy despediu-se da reitoria da Universidade Federal do Pará no melhor estilo pemedebista. Falou mais como futuro candidato à prefeitura de Belém do que como administrador de uma instituição de ensino superior.
Seguindo o script de seu novo papel, tratou de cobrir-se de auto elogios à frente da nossa querida UFPA, ontem, no jornal da tevê do senador Barbalho.
Curioso que não fez qualquer menção ao MEC, que proporcionou a ele condições de desenvolver um trabalho digno de elogios. Justamente ele, que testemunhou os tempos difíceis em que a privataria sucateou nossa maior universidade pública, de resto, sucateando o ensino público no país.
Muito menos fez referência a que muito daquilo que foi mostrado, ontem, como realizações suas, tem também o trabalho de reitores que o antecederam, por isso soou como deplorável a personificação daquilo que é obra coletiva.
Ao submeter-se ao crivo do populismo da política anacrônica praticada pelo partido que o lançará como candidato à sucessão do inoperante Zenaldo, o professor Maneschy começa muito mal sua trajetória ao dar a desagradável ideia de que terá tudo para gerar expectativas positivas, mas, caminha para assumir a condição de mais do mesmo na política local. Lamentável!
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